Mikita Jemialjanau mais uma vez foi alocado para uma cela punitiva de isolamento em 18 de janeiro. O tempo que passaria nela foi prorrogado diversas vezes, à medida que a administração da prisão inventava novas razões para isolá-lo. Como por exemplo, Mikita se recusa a limpar o pátio de caminhadas dos detentos. Diferente de outros detentos, Mikita não joga lixo no pátio, então não vê motivos para limpá-lo. Foi sentenciado a 46 dias cumulativos de isolamento. No dia 3 de fevereiro, Mikita começou uma greve de fome ‘seca’ para protestar contra o tratamento humilhante por parte da administração. 10 dias depois ele voltou a beber água, uma vez que seu estado ficara crítico.
No dia 22 de fevereiro, Mikita foi visitado pelo representante da administração penitenciária da região de Mahilioŭ, que assegurou que todas as questões levantadas irão se resolver.
Em 23 de fevereiro, Mikita terminou sua greve de fome e começou a comer. Ele agradeceu especialmente àqueles que enviaram recursos em seu nome para vários oficiais do governo. Mikita sentiu a solidariedade.
No dia 11 de fevereiro, houve um segundo dia do julgamento de Mikita Jemialjanau (para as acusações de violação do regime carcerário). A penalidade máxima é de encarceramento adicional por dois anos. Os procedimentos duraram apenas meia hora; uma testemunha da promotoria fora interrogada. O anarquista não foi levado ao tribunal. O juiz leu documentos do arquivo, de acordo com os quais Mikita se recusou a dar declarações e assinar documentos legais relacionados aos procedimentos.
Em 16 de fevereiro, outra sessão do julgamento deveria ter ocorrido, mas o juiz foi barrado na unidade penal por conta de alta temperatura corporal.
Dzmitryj Dubouski foi transferido para a SIZO-2 em Viciebsk (vul. Haharyna 2, Viciebsk, 210026), e Ihar Alinievich foi transferido para a SIZO-3, em Homiel. Endereço: vul. Knižnaja 1А, SIZO-3, Homiel, 246003.
Dia 12 de fevereiro, Mikola Dziadok foi transferido da prisão número 4 em Mahilioŭ para uma colônia penal IK-9 em Horki. Imediatamente após sua chegada à IK-9, Mikola foi colocado em uma cela punitiva de isolamento por 7 dias, e então recusado a ter uma reunião prolongada com um parente. Além disso, seu limite em conseguir grampos de um quiosque na prisão foi reduzido de 6 para 2 ‘quantidades básicas’ (de 192 para 64 rublos bielorrussos) por mês. Também foi privado de receber correspondência – a censura da prisão bane todas as cartas que chegam.
Apesar de tudo isso, Mikola se mantém alto astral e curte o ar fresco.
Seu novo endereço:
213410, Horki, vul. Dabraliubava 16.
Nos dias 18 e 19 de fevereiro, uma exibição de artistas alternativos russos e bielorrussos (Lioks Harotny, Uladzik Bochan, Niemastak, Photonegativki, Karikaturama, Atmografika, Poliakowa, Daria M.) aconteceu em Varsóvia. Um espaço significativo da exibição foi ocupado pelo trabalho artístico dedicado a presos políticos anarquistas na Bielorrússia.
Um dos anarquistas detidos na SIZO-1, em Minsk, declarou que, quando a guerra na Ucrânia teve início, os policiais começaram a intimidar prisioneiros políticos com ameaças de sentenças de morte pela corte marcial. Mas o anarquista ignora os rumores espalhados pelos policiais e reavalia cuidadosamente as ‘notícias’ que consegue ter através da televisão oficial bielorrussa.
Fonte: https://abc-belarus.org/?p=14807&lang=en
Tradução > Sky
agência de notícias anarquistas-ana
O espantalho –
na minha infância
primeiro amigo
Stefan Theodoru
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!