Existem guerras barulhentas, como a da Ucrânia, que ainda assim também esqueceremos um dia. Existem outras que, pelo contrário, ignoramos, pois são silenciadas pelos meios de comunicação, calamos porque são cuidadosamente ignoradas. Ainda assim, estas também alimentam as feras belicistas cujos filhos não morrem nas linhas de frente ou nas trincheiras. Mas há uma guerra diária que não podemos ignorar porque nos afeta totalmente, é a do agravamento das condições fundamentais de vida da maioria da população enquanto as de uma minoria melhoram.
Não estamos interessados em lutas que estejam além da conquista do pão de cada dia ou da eliminação de privilégios. Não queremos abordar mais conflitos do que aquele entre quem sofre a opressão e aqueles que a exercem. Não queremos embarcar em guerras que só roubam teto, sono, sonhos e pão de quem não escolheu a guerra enquanto melhoram o teto, sono e pão de quem vende armas. Não precisamos de guerras que levem para linha de frente aqueles que nunca gozarão dos privilégios que quem levantar a bandeira triunfante desfrutará. Não encontramos motivos para defender nenhuma fronteira porque nos guiamos pela convicção de sua inutilidade ou prejuízo para a classe trabalhadora. Esta guerra é um negócio, como todas as outras, e não queremos colaborar. Esta guerra não é da nossa conta e não queremos participar.
Somente lutando com firmeza e solidariedade contra esse absurdo insustentável e contra as injustiças podemos reivindicar outro mundo, em nossa luta há um denominador comum, uma única vontade e uma única arma útil: a liberdade coletiva, materializada no apoio mútuo e na justiça para a classe trabalhadora.
O LUCRO DELES, NOSSA MISÉRIA!!!
SEUS PRIVILÉGIOS, NOSSA POBREZA!!!
NEM GUERRA ENTRE OS POVOS, NEM PAZ ENTRE AS CLASSES!!!
Fonte: https://www.cnt.es/noticias/
Tradução > Mauricio Knup
agência de notícias anarquistas-ana
Pequena flor
Sol contido na cor
Ipê amarelo
Luciana Bortoletto
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!