Por Marcolino Jeremias
Elvira Fernandes (foto), costureira, nascida em Portugal, mas que militou no Rio de Janeiro. Escreveu para a imprensa operária e oficial. Discursou em comícios do Primeiro de Maio ao lado de militantes como Orlando Correa, Caralampio Trillas, Edgard Leuenroth (quando esteve no Rio de Janeiro, representando o jornal A Lanterna), Domingos Passos e outros.
Dedicou intensa atividade para organizar associações de mulheres operárias. Participou da União das Costureiras e Classes Anexas do Rio de Janeiro. Escreveu em solidariedade quando o anarquista José Romero foi preso injustamente. O mesmo deu-se quando a repressão invadiu e depredou as organizações operárias do Recife (PE), espancando e prendendo muitos trabalhadores: “Nós, um núcleo de mulheres anarquistas animadas pelas mesmas ideias, aliamo-nos a este protesto até onde as necessidades do meio de ação nos permitir. Se as grandes canalhices do Brasil, requerem os grandes gestos, podem esperar os perseguidores de nossos companheiros que não nos excluiremos, pois é tempo da mulher brasileira entregar-se à luta! Trabalhadores e mulheres proletárias: Se os atos selvagens exercidos contra os trabalhadores de Pernambuco pelos exploradores dali eletrizam o vosso íntimo e vos estimulam à revolta, vinde conosco, gritar bem alto: Basta de tiranias!“.
A intrépida costureira Elvira Fernandes defendia um projeto arrojado para que as mulheres operárias e a classe trabalhadora alcançasse a sua completa emancipação social: “Nada de política, nada de religiões, sejamos unidos contra todas essas mentiras em que nos tem mantido as classes dirigentes; não sirvamos de degraus para os nossos inimigos, que eles lá em cima não toleram a nossa propaganda pela nossa emancipação, para levarmos ao termo final de formarmos sobre as ruínas do presente, a verdadeira sociedade em que reine a solidariedade, o amor e a justiça. Caminhemos!“.
agência de notícias anarquistas-ana
Nuvens brancas
passam rapidamente —
Noitinha de outono.
Carlos Bueno
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!