“Temos que mudar esta forma de vida pacífica, tranquila, simples, sem que não tenha nada, que seja uma rotina todos os dias. Tem que ter sobressalto para que seja vida, sobressalto permanente. Tem que ter alegria e dor, tem que ter raiva e ódio.” – Luisa Toledo.
“Quando há muitos sem honra, sempre haverá outros que levam consigo mesmos a honra de muitos“.
Na noite de terça-feira, de 5 de julho, após as 23 horas,atacamos a empresa Besalco S.A, na esquina de Ebro com Encomenderos, na abastada comuna de Las Condes. A partir do ano de 2002 se iniciam as primeiras licitações para implementar o sistema concessionado de prisões no Chile, um total de 8 cárceres seriam distribuídos entre as empresas concorrentes para sua construção e administração. A empresa Besalco junto à Sociedade de Concessões do Chile e Sodexo Chile, formam o Grupo 1 e ficaram encarregadas das penitenciárias de Alto Hospicio, La Serena e Rancagua. O Grupo 2(Sodexo Chile) foi atribuída a concessão dos cárceres de Concepción e Antofagasta. Finalmente o Grupo 3 (Vinci Construction) administra as penitenciárias de Santiago 1, Valdivia e Puerto Montt.
O sistema concessionado funciona com as empresas exercendo serviços de asseio, alimentação e infraestrutura no interior das prisões, enquanto que o Estado através da Gendarmaria administra a custódia dos/as prisioneiras/os. O negócio é redondo para as empresas, a superpopulação não é um problema para estes miseráveis, já que por cada prisioneiro/a adicional ao máximo que estas mesmas empresas impõem, o Estado deve indenizá-las. Os gastos são reduzidos ao mínimo para que os lucros sejam maiores, por isso, as condições no interior das penitenciárias são deficientes.
Estes grupos empresariais não só participam no negócio dos cárceres no Chile, mas teceram com os anos um monopólio que se expande por todo o mundo, administrando prisões de diferentes países. A ação insurreta os encontra e consegue atacá-los, porque se desprezamos os guardiões servis da Gendarmaria, desprezamos também aos que encontram um negócio na superlotação, torturas e vexames.
No interior do cárcere de Rancagua, administrada pela nefasta empresa que atacamos, estão prisioneiros os companheiros Juan Aliste Vega, Marcelo Villarroel, Joaquín García e Francisco Solar, a quem enviamos uma anárquica saudação. Saudamos também a companheira Mónica Caballero, sequestrada no cárcere de San Miguel.
Faz um ano a companheira Luisa Toledo encontrou a morte após uma longa vida de combate, resistência e dignidade, deixando em sua história milhares de lições, ensinos e clareza para enfrentar a autoridade e o capital. Luisa detestava as posições mornas e cinzas, defensora da ação de rua, dos capuzes e da rua em chamas, por isso, nesta noite fria, recordamos a companheira mediante o estrondo. Levamos a ação em nosso sangue, que ferve para recordar a nossos mortos.
Saudamos aos companheiros Yiannis Michailidis, Giorgia Voulgari e Thanos Xatziagkelou, em greve de fome na prisão de Korydallos, Grécia.
Aos companheiros na Itália, Bielorrússia, Indonésia, México, Alemanha, Bélgica… que o ataque autônomo se expanda sem piedade contra o poder, em todas as direções.
Recordarmos o weichafe Pablo Marchant assassinado faz um ano nas mãos da polícia.
A nossos companheiros mortos em ação, Mauricio Morales, Sebastián Oversluij, Claudia López, Jony Cariqueo, longa vida a sua memória.
A todas as células de ação que atacaram durante os últimos tempos, toda nossa força e cumplicidade. Que o ataque não diminua, que se potencialize e encontre suas amplas expressões de destruição.
Nos solidarizamos com o companheiro Marcelo Villarroel, que resiste nos cárceres da democracia! Ante o rechaço de sua liberação, temos que estar na rua agitando por sua pronta saída.
A multiplicar o agir autônomo!!!
A dinamitar os bairros dos ricos e poderosos!!!
Nada acabou, a guerra com o poder continua!!!
Grupo de Acción 6 de Julio
Nueva Subversión
Tradução > Sol de Abril
agência de notícias anarquistas-ana
Parece gostosa
a neve que chega em flocos
tão suavemente.
Issa
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!