Trata-se da sede do jornal ultraconservador Kayhan em Teerã, que desde que começaram os protestos qualifica as e os manifestantes no Irã de serem “mercenários do inimigo”.
O levante popular continuou no Curdistão Oriental e Irã desde 16 de setembro depois que a mulher curda Mahsa (Jina) Amini, de 22 anos, foi assassinada pela polícia da “moralidade” em Teerã por não cobrir a cabeça adequadamente.
A sede do jornal Kayhan, que designou as e os ativistas como “mercenários do inimigo”, foi atacada por manifestantes em Teerã.
“Os mercenários do inimigo tiraram as máscaras, não tenham piedade dos criminosos”, escreveu o jornal Kayhan em 22 de setembro contra os protestos. O líder do Kahyan, o principal jornal conservador do Irã, foi designado pelo líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei.
O jornal informou que as e os ativistas jogaram coquetéis molotov em seu edifício principal e tentaram ingressar no interior, e acrescentou que algumas partes do edifício ficaram danificadas.
Enquanto que dezenas de manifestantes foram assassinados pelas forças estatais em todo o país, milhares mais foram detidos.
Dezenas de mortos, milhares de detidos
Segundo a agência de notícias Fars, as forças de segurança mataram 60 pessoas. A Organização de Direitos Humanos do Irã, com sede em Oslo, informou sobre ao menos 83 mortes, enquanto que o grupo de oposição iraniano People’s Mujahideen indicou que por volta de 300 manifestantes foram assassinados.
Segundo comunicados oficiais, mais de 1200 pessoas foram detidas. No entanto, outras fontes asseguram que são mais de 10 mil pessoas as presas.
No sábado realizaram-se manifestações em muitas universidades de todo o país.
As forças estatais atacaram violentamente os protestos na cidade de Zahidan na sexta-feira. Ao menos 58 pessoas morreram nesta cidade e mais de 200 ficaram feridas. Os protestos continuam na cidade.
No fim de semana passado, as pessoas saíram às ruas nas cidades do Curdistão Oriental como Sine, Urmiye, Kirmanşan, Seqız, Meriwan, Bokan, Mahabad, Degulan e Pewe.
Um ativista chamado Muhatar Ahmadi foi assassinado em Meriwan. Alguns manifestantes ficaram feridos. Também se informa que outras pessoas que protestavam ficaram feridas em Bokan.
No domingo, as forças iranianos interviram violentamente nos protestos em Zahidan, onde 58 pessoas morreram e 200 ficaram feridas durante os protestos da sexta feira passada.
Tradução > Sol de Abril
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Jandira Mingarelli
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!