É já tradicional que no domingo mais próximo de 20 de novembro se celebre no Cemitério de Montjuïc, em Barcelona, uma singela homenagem a Buenaventura Durruti (e com ele a Francisco Ascaso e Francisco Ferrer y Guardia). Após esta homenagem anual que é celebrada a mais de vinte anos houve um trio de mulheres: Concha Pérez, Joaquina Dorado e Antonina Rodrigo. A iniciativa surgiu quando Concha e Antonina estavam se despedindo de Joaquina, que ainda vivia em Paris, em um restaurante da Vía Layetana de Barcelona. Enquanto falavam de suas coisas as três mulheres viram passar um grupo de falangistas com sua parafernália de uniformes, boinas e cintos, preparando a comemoração de 20 de novembro para recordar Franco. Antonina disse a suas companheiras: “Veja, estão preparando já o aniversário do ditador e de José A. Primo de Rivera e nós o que fazemos por Durruti, que morreu nesse mesmo dia?”. E daí saiu a proposta de celebrá-lo como “Mujeres Libres”. Após as mortes de Concha e Joaquina, Antonina Rodrigo continua mantendo esta homenagem.
Trata-se sempre de um ato singelo e breve no qual tomam a palavra os convidados/as que Antonina reúne a seu redor para que ano após ano se mantenha esta homenagem. Não há microfones, nem propaganda, este ano, como costuma ser habitual, um cartaz com uma fotografia de Durruti e outros companheiros da Frente de Aragão (quase certo em Bujaraloz) e o poema “Eterna sombra” de Miguel Hernández sobre um fundo vermelho e negro. Não costuma haver grandes multidões, no entanto é um ato sempre emotivo e, por isso, belo.
Este ano o ato pode realizar-se no mesmo dia 20 em que se celebrava o 86º aniversário da morte de Durruti em Madrid. Interviram no ato: Laura Vicente, Manel Aisa, Sonya Torres e Sonia Turón, apresentou e introduziu o ato: Antonina Rodrigo.
Participaram também no ato uma companheira e um companheiro da SAC da Suécia que nos falaram da investigação realizada sobre anarquistas suecos que vieram a Espanha em 1936, assim como outros companheiros que interviram contribuindo com suas impressões sobre a situação atual ou lendo poesias.
As pessoas que interviram mostraram a diversidade e o caráter poliédrico dos anarquismos misturando passado e presente, lendo poemas e, sempre, recordando os três homens ante cujas tumbas se celebra o ato. O dia acompanhou pois fazia um sol esplêndido. Após o ato algumas das pessoas que participaram no ato compartilharam comida, risos e conversa sobre os temas mais diversos.
Laura Vicente
Tradução > Sol de Abril
agência de notícias anarquistas-ana
A tranqüilidade
De andar sozinho,
Divertir-se sozinho.
Shiki
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!