Um prisioneiro anarquista condenado a prisão perpétua sem nunca ter matado ninguém.
O anarquista italiano está preso sob as condições do Artigo 41bis na prisão Bancali em Sassari, Sardenha. Na sexta-feira (27/01) ele ultrapassou 100 dias de greve de fome. No dia anterior, o médico de Cospito disse que ele já havia perdido mais de 40 kg e havia quebrado o nariz e perdido muito sangue após uma queda enquanto tomava banho.
Cospito tem dificuldade para andar e usa uma cadeira de rodas. Ele tem valores microquímicos alarmantes, e tem sérios problemas de termorregulação (regulação da temperatura corporal), ou seja, ele está ficando cada vez mais frio e veste vários pares de camisas, calças e meias para se manter quente, disse a médica Angelica Milia.
“Este homem está morrendo”, escreveu Luigi Manconi, ex-professor de Direito e defensor dos direitos humanos, em um texto para o jornal La Stampa, que pediu ao Papa Francisco para intervir.
No sábado (28/01), durante uma manifestação de apoio a Cospito, anarquistas lançaram um coquetel molotov contra o distrito policial de Prenestino, em Roma.
Além disso, os manifestantes tentaram furar os bloqueios policiais e danificaram veículos estacionados na rua. Os tumultos coincidiram com os ataques contra a embaixada da Itália em Berlim, onde o carro de um diplomata foi incendiado, e o consulado italiano em Barcelona, no qual anarquistas vandalizaram.
Neste domingo (29/01), segundo a imprensa italiana, um envelope com uma bala e ameaças aos juízes foi endereçado ao diretor do jornal Il Tirreno, Luciano Tancredi. Em uma folha quadriculada estava a seguinte frase: “Se Alfredo Cospito morrer, os juízes são todos objetivos: dois meses sem comida. Fogo nas cadeias”.
Segundo o jornal Livorno, a carta está assinada com a letra “A” e foi apreendida pela polícia, que abriu uma investigação.
Em nota, o governo italiano reforçou que “os ataques perpetrados contra a nossa diplomacia em Atenas, Barcelona e Berlim, assim como a de Turim, a violência nas ruas de Roma e Trento, as balas dirigidas ao diretor do Il Tirreno e ao procurador-geral Francesco Saluzzo, o coquetel molotov contra uma delegacia, não vão intimidar as instituições”.
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agência de notícias anarquistas-ana
no sonho
da velha cerejeira em flor
passa um gato branco
Philippe Caquant
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!