A vitrine do Altitude Cannabis Club no Brooklyn, NY, foi atacada com três de suas janelas quebradas e uma mensagem rabiscada em sua porta.
O prédio em que Altitude está localizado é o antigo endereço da Base, um espaço político anarquista que muitos de nós, revolucionários, mantivemos próximo de nossos corações e nos deu um espaço para construir uma comunidade, fazer amigos e camaradas, aprimorar nosso conhecimento político, debater com os outros, e crescer nos espinhos do lado do estado e do capitalismo no qual estamos hoje.
Uma coisa que diferencia a Base de outros espaços da cidade, que são administrados por marcyitas fossilizados, anarco liberais hipster ou esquerdistas burgueses de vários matizes, é o foco intransigente no anti-imperialismo, no radicalismo anticapitalista à moda antiga, no apoio aos presos políticos, independentemente da tendência, e promovendo o anarquismo através das lentes da história da luta contra a escravidão e o colonialismo.
A Base era o único espaço de esquerda com preponderância de gente da classe trabalhadora no coletivo ou frequentador do espaço, muitos dos quais eram pessoas de cor, e não apesar disso, mas por causa disso, sempre foram contra as políticas identitárias liberais; que em essência é a política da cultura universitária branca.
Foi o único espaço que sempre acolheu sem julgamento os moradores de rua, tratou as pessoas como iguais e auxiliou nas lutas do dia a dia.
Ao contrário de outros espaços políticos, a Base se preocupou em nos fornecer um espaço construtivo, mantendo as personalidades abusivas fora, e se tornou o espaço onde aqueles de nós fartos de espaços e grupos ativistas yuppie ou cult vieram para se conhecer e formular nossas ideias e planos para o futuro.
Quando os proprietários despejaram a Base e a Altitude assumiu, era óbvio que a Altitude provavelmente não teve participação no processo de despejo. No entanto, o forte contraste entre o que costumava ser e o que é agora era muito simbólico.
Um clube de maconha caro e gentrificado onde os yuppies vão para desperdiçar seu dinheiro em vez de apoiar os locais, administrado por hippies e descolados desprezíveis.
E assim, na calada da noite, contra-atacamos. Um último viva ao melhor espaço anarquista da costa leste. O espaço pode ter acabado, mas as ideias e laços que foram construídos e expandidos ali nunca serão quebrados até que todos nós demos nosso último suspiro.
Lutaremos para dar continuidade ao legado que visamos promover e seguiremos lutando contra tudo o que nos oprime.
Morte ao estado e ao capital!
EUA e OTAN, caiam fora de todos os lugares!
Morte a todo tirano e opressor, grande ou pequeno! E que todos os proprietários de terras e gentrificadores que os sustentam sejam um dia roubados de suas riquezas e propriedades ilícitas e que sejam distribuídas para a classe trabalhadora.
Pela revolução, marchamos adiante!!
Tradução > Contrafatual
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Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!