Não é novidade para ninguém que as guerras são um dos problemas mais graves que a humanidade enfrenta. Elas têm causado inúmeras desgraças e destruído vidas e comunidades inteiras, além de prejudicar o desenvolvimento humano em todo o mundo.
Assim sendo, as guerras causam mortes e sofrimento humano. Milhões de pessoas são mortas, feridas ou deslocadas por conflitos armados a cada ano. As guerras também têm um impacto devastador sobre a infraestrutura e as comunidades locais, deixando cicatrizes que levam anos, ou até décadas, para se curarem. Além disso, as guerras são frequentemente acompanhadas por crimes correlatos, tais como a tortura, o estupro e o assassinato de civis. Todos esses fatores tornam as guerras uma das formas mais destrutivas de conflito humano.
Destaque-se ainda que as guerras são caras. Os governos gastam quantias abissais em armamentos e soldados para lutar em guerras, recursos que poderiam ser usados para melhorar a qualidade de vida da população. Em vez disso, esses recursos são desperdiçados em conflitos armados que não têm benefício para a sociedade em geral, apenas para os Estados e o capitalismo, em sua sangrenta marcha suicida.
Ademais, as guerras terminam por impactar o desenvolvimento humano em sua totalidade. A violência e a instabilidade política que acompanham as guerras tornam difícil para as pessoas trabalharem, estudarem e se desenvolverem em suas comunidades – vide os terríveis impactos ocasionados pelas duas guerras mundiais. A falta de segurança alimentar e acesso a serviços básicos de saúde também pode piorar durante as guerras. Em resumo, as guerras destroem os fundamentos necessários para uma vida saudável e próspera, atendendo apenas aos interesses dos poderosos, às custas do sangue do povo.
Também é importante lembrar que as guerras não resolvem problemas a longo prazo. Embora possam ser usadas para proteger interesses nacionais em curto prazo, as guerras geralmente resultam em mais conflito e tensão a longo prazo. Elas tendem a criar um ciclo vicioso de violência e instabilidade política que talvez jamais sejam resolvidos, pois têm consequências imprevisíveis e muitas vezes inesperadas. Por exemplo, a Guerra do Iraque de 2003 foi justificada como uma maneira de derrubar um líder brutal e garantir a “segurança nacional” dos Estados Unidos. No entanto, este conflito levou a um aumento da instabilidade na região e contribuiu para o caos que ainda persiste até hoje.
Por consequência, as guerras são uma ameaça à paz e à segurança global. Os conflitos armados podem se espalhar rapidamente e afetar países e comunidades distantes, criando uma atmosfera de medo e desconfiança entre os povos, o que pode levar a um aumento da corrida armamentista e a um clima internacional de insegurança. Isso pode ser especialmente perigoso em um mundo onde muitos Estados têm acesso a armas nucleares e outros armamentos destrutivos.
Deste modo, se somos pela anarquia, o combate ao capitalismo e ao Estado envolve repudiar suas guerras e tudo o que elas envolvem.
Liberto Herrera
agência de notícias anarquistas-ana
jardim sem flor
entre as páginas do livro
a rosa e sua cor
Alice Ruiz
Todx anarquista deveria ser contra as guerras, principalmente as promovidas por Estados!
A única guerra que devemos construir é a Guerra de Classes!