Hoje, segunda-feira, 13 de março, tivemos que sair novamente às ruas para nos manifestar para exigir uma vida digna. Os constantes aumentos dos preços, o aumento do desemprego, a aglomeração e o empobrecimento de nossas famílias, nos obrigam a expressar nosso descontentamento com o governo e os empresários. No Chile atualmente 65% da população não consegue chegar ao fim do mês, pois nossos salários são insuficientes em um modelo onde se impõe o lucro, precarizando nossas vidas a custa do lucro de uns poucos.
Efetivamente, a um ano da instalação do governo, saímos para denunciar o fracasso do Plano de Emergência Habitacional que não conseguiu reduzir o déficit de mais de 650 mil moradias. Boric e seu gabinete se comprometeram em seu programa de governo a construir 260 mil soluções habitacionais. Não obstante, até o presente ano entregaram 40% menos das moradias programadas, apesar de existir obras em execução, terrenos adquiridos e projetos comprometidos. Quer dizer, criticamos sua má gestão e inoperância. Não é possível que tendo recursos econômicos e políticos não possam ser capazes de se encarregar de suas próprias promessas. Dita condição é a que atravessam nossos comitês de familiares, que por causa da burocracia institucional, seus projetos habitacionais cada dia estão mais longe de se concretizar, apesar do transcorrer do tempo.
Insistimos: o fracasso do plano de emergência condena nossas famílias a seguir vivendo amontoadas ou tendo que endividar-se com grandes somas de dinheiro em arrendamentos, enquanto a indústria da construção e o mercado imobiliário seguem obtendo os lucros esperados. Frente a isto, nossas assembleias se cansaram de esperar e driblar as travas institucionais, pelo que viemos exigir:
Não mais atrasos nem reprogramações no projeto habitacional Comunidade Organizada La Bandera, San Ramón: Moradias dignas já!
Agilização do Mega Projeto La Platina. Necessitamos que as gestões e etapas do projeto se acelerem e que cumpram com os prazos prometidos e mesas de participação.
Ao mesmo tempo, comunicamos às autoridades locais a necessidade de facilitar recursos, equipamentos e infraestrutura às organizações sociais, que seguem assumindo o trabalho de enfrentar mais uma crise, autogestionando as diferentes áreas de nossas vidas, tais como a educação, a saúde, a alimentação, segurança e a moradia.
Finalmente, incitamos às organizações sociais a retomar a mobilização. Em nossas populações, a um ano do governo de Gabriel Boric, nenhuma mudança ocorreu, nenhuma demanda foi solucionada, nenhuma promessa se cumpriu. E mais, seguem as mesmas problemáticas, pelo que não é possível dar uma trégua ou um cheque em branco aos que nos governam. O neoliberalismo é a brutalidade de sempre, por mais que o governo se autodenomine social, ecológico ou feminista, contradizendo-se na prática por sua preocupação em resguardar a estabilidade econômica de umas quantas famílias, mais do que as condições de vida de milhões de pessoas. Ante isto não podemos ser moderado, nem é possível esperar, hoje mais do que nunca devemos lutar.
Contra os aumentos e a precarização, luta e organização!
Comunidades Organizadas pela Vida Digna!
Movimento Solidário Vida Digna
Tradução > Sol de Abril
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Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!