Em dezembro de 2018, o companheiro Demetra e outra pessoa estavam envolvidos num conflito com um caçador em Evia, que se preparava para praticar seu “hobby” favorito. Após um confronto acalorado, os indivíduos perseguidos pegaram a espingarda do caçador e atiraram-na para a floresta. Ele alertou a polícia, que os prendeu, e como resultado foram acusados de roubar a espingarda e roubar seu telefone celular. Com base nestas acusações fabricadas e ampliadas, a primeira das quais é um crime, foi imposta uma ordem de restrição para deixar o país. O julgamento começará na quinta-feira, 23 de março de 2023, no tribunal de Chalkida.
Ao trazer acusações de roubo e furto para esta cena particular, o Estado está tentando despolitizar um ato de resistência ao poder, e encaixá-lo no quadro legal que valida sua soberania. Uma ação contra a percepção da espécie humana como superior, que vê a natureza como um vasto campo de dominação e exploração e os animais não humanos como máquinas lucrativas, objetos de entretenimento, produtos de consumo e ferramentas experimentais.
Nas palavras de Demetra:
“Ao encerrar e retomar, a importância do próximo tribunal não reside em seu aspecto jurídico e no veredicto e – no que me diz respeito – não é um processo dirigido ao indivíduo em julgamento, nem uma referência – por extensão – à visão centrada no indivíduo sobre as lutas de libertação. Trata-se da emergência sócio-política de projetos de vida que se opõem à opressão e ao poder. E, do meu ponto de vista, a solidariedade neste caso em particular é entendida como solidariedade, antes de tudo, com os próprios animais não humanos, tais como alguns coelhos que podem ter sido salvos naquele dia. Tendo isto como ponto de partida, convido as pessoas que compartilham essas ideias a expressar sua solidariedade da forma que desejarem. Pois ninguém está livre até que todos estejam livres”.
Concentração no julgamento [23/03, 10h00,Tribunal de Chalkida]
Fonte: https://athens.indymedia.org/feature/10538/
agência de notícias anarquistas-ana
De espantalho
Para espantalho,
Voam os pardais.
Sazanami
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!