Durante estes últimos dias estamos vendo como grande parte da sociedade francesa está dando um novo exemplo de luta e de oposição às últimas medidas tomadas pelo governo de Macron na reforma das pensões no país vizinho.
Uma delegação da CGT teve a sorte de poder compartilhar, junto aos companheiros do SUD SOLIDAIRES e da CNT-SO, as jornadas de greve geral de 31 de janeiro e de 7 de março. Umas jornadas históricas, pelo elevado número de pessoas que saíram às ruas para defender seus direitos e porque a totalidade dos sindicatos franceses foram capazes de entrar em acordo e protestar conjuntamente, algo totalmente impossível de se conceber no estado espanhol devido ao servilismo dos sindicatos (consagrados como) majoritários. O motivo dos protestos históricos que estão sendo vividos no território francês é a reforma das pensões por parte do governo dos Campos Elísios que aumenta a idade mínima de aposentadoria para 64 anos e a 43 anos mínimos de contribuição para Previdência Social, exigidos para poder receber 100% da pensão: a ninguém escapa que se começas a trabalhar aos 21 anos ou é impossível que se aposente com 100% da pensão por aposentadoria com 64 anos.
A resposta de grande parte da sociedade e a unidade sindical que estão realizando na França deveriam servir de exemplo ante a situação que estamos vivendo no estado espanhol no qual, paralelamente ao decreto francês, quase sem fazer ruído e sem que os meios de comunicação façam eco da notícia. Nossos sindicatos governistas, CCOO e UGT, pactuaram uma reforma das pensões que nos leva a que no estado espanhol as pessoas que não tenham contribuído por mais de 38,5 anos não possam aposentar-se senão aos 67 anos, a pensão será calculada com base nos últimos 25 anos (atualmente) ou com base em 29 anos de contribuição a partir de 2026, que coexistirão até 2044 onde apenas valerão o tempo de 29 anos. Os anos necessários de contribuição para ter direito a 100% da base reguladora (25 ou 29 anos) são 36,5 anos.
Desde a CGT fazemos um chamado não só à solidariedade com esta luta do povo francês, mas também à mobilização contundente, e não só contra a reforma das pensões que o governo do estado espanhol e seus sindicatos pretendem levar adiante.
Nosso chamado é contra todas aquelas medidas que os diferentes governos foram traçando com o fim de cortar os direitos trabalhistas e sociais.
On lâche rien – Não nos rendemos
Secretariado Permanente do Comitê Confederal
Fonte: https://rojoynegro.info/articulo/tomemos-ejemplo/
Tradução > Sol de Abril
agência de notícias anarquistas-ana
no frio da água, de manhã,
pálido tremor,
outono no corpo.
Saint-Clair Cavenaghi
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!