Com este texto, gostaria de informar que durante um curto período de tempo (iniciou em fevereiro, mas se intensificou nos últimos dias) fui monitorado de perto e perseguido pelo serviço (anti)terrorista.
Uma vez que no passado este serviço também invadiu o meu espaço (noutra casa onde habitei), declaro publicamente que nos últimos dias tenho observado um contínuo e evidente monitoramento eletrônico, possivelmente por motivos de intimidação ou potencialmente para a construção de acusações.
Além disso, no último período de tempo, notei um determinado veículo estacionado constantemente fora de minha casa.
Sabe-se que o contraterrorismo pode monitorar “legalmente” as pessoas de várias maneiras. O mais simples envolve “cartas anônimas” enviadas para o combate ao terrorismo – reais ou fabricadas – que podem ser usadas pela polícia para começar a espiar e rastrear indivíduos.
O número de pessoas sendo monitoradas pelo contraterrorismo sem motivo algum é muito grande. E é mais provável ainda quando esses indivíduos pertencem ao movimento anarquista. Não há necessidade de “raciocínio”, desde que esse direcionamento venha por qualquer motivo – e não de forma causal.
Se o contraterrorismo é conhecido por uma coisa, é a construção de denúncias e o assédio de indivíduos restritos ao movimento anarquista. E na sua impossibilidade de incorporar-se e participar numa organização específica, também vimos no passado situações terríveis de perseguição de pessoas, cuja acusação dizia “participação numa organização desconhecida com ações desconhecidas”. O julgamento de casos de acordo com a nova lei antiterrorista é ainda mais complicado, pois na ausência de provas, chegamos oficialmente a ver o ridículo do ‘terrorismo individual’.
Assim, todo companheiro, desde que tenha uma identidade política anarquista, potencialmente com acrobacias legais, pode ser caracterizado como um ‘terrorista’.
Com esses dados, declaro inequivocamente que a Solidariedade não é criminalizada. A verdade não é silenciada. Companheiros de igual para igual não são intimidados. E a luta nunca para.
Por qualquer desenvolvimento desfavorável para mim ou para as pessoas ao meu redor, considero o serviço antiterrorista absolutamente responsável.
R./H. K.
Fonte: https://athens.indymedia.org/post/1624655/
agência de notícias anarquistas-ana
Grande sol poente
chupa no horizonte
estrada serpenteante
Winston
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!