Da CGT queremos expressar nosso total apoio às 8 pessoas, ativistas da Plataforma dos Atingidos pela Hipoteca (PAH) de Guadalajara, processadas por tentar impedir um despejo, e a quem o juiz julga violar seu direito a uma audiência pública.
As 8 do Caixabank, ativistas da Plataforma de Atingidos pela Hipoteca (PAH), enfrentam penas de prisão por terem entrado no escritório deste banco em Cabanillas del Campo (Guadalajara) a fim de solicitar um mandado para adiar o julgamento de despejo contra uma família em situação de vulnerabilidade composta por uma mãe e dois menores. Passaram-se cinco anos sem fim desde que foram acusadas, entre outras coisas, de resistência, desobediência e coerção, apesar da natureza totalmente pacífica de sua ação. A CGT considera extremamente grave que as gravações de segurança que demonstraram a natureza totalmente pacífica de sua ação “tenham sido perdidas” pelo Caixabank.
A juíza que vai julgá-los é a juíza María del Carmen Molina Mansilla, aquela que interrogou violentamente uma vítima de estupro em Vitória e lhe perguntou “se ela tinha fechado as pernas corretamente”. Ela é a mesma juíza que ganhou neste país uma queixa perante o Tribunal Europeu de Direitos Humanos (ECHR) por sua suposta “falta de imparcialidade objetiva”. Ela é a mesma juíza denunciada pela Associação Contra a Corrupção e em Defesa da Ação Pública (ACOPAD) pelo suposto sequestro de um jornalista que denunciou corrupção. Consideramos inaceitável que ela continue a exercer suas funções como juíza.
Esta mesma juíza, María del Carmen Molina Mansilla, pretende realizar este julgamento contra ativistas da PAH, sem permitir o acesso ao público, incluindo observadores internacionais de direitos humanos e à imprensa, por razões de “segurança, moralidade e saúde”, atribuindo às pessoas que quisessem acompanhá-las “potenciais perturbações da ordem pública, e poderiam acabar como os réus”. A CGT considera esta forma de julgar os acusados e os que os acompanham extremamente grave.
Mesmo o Ministério Público vê esta decisão do juiz como “preocupante e contrária às normas internacionais sobre julgamento justo”, como “o acesso à proteção judicial efetiva e o direito das partes a um julgamento público”. O julgamento, marcado para 5 de abril, foi novamente adiado até a decisão do Tribunal Provincial de Guadalajara sobre os recursos. Mas já antes deste novo adiamento, as 8 ativistas do PAH acusadas decidiram, com coragem e coerência, que não comparecerão a um julgamento sem garantias, que não comparecerão à audiência a menos que sejam presas.
A CGT quer expressar seu apoio e solidariedade às 8 do Caixabank que decidiram responder à criminalização do protesto com dignidade e rebelião, considerando que todas as organizações sociais e sindicatos devem seguir este exemplo para enfrentar os constantes ataques ao direito de protesto e à liberdade de expressão.
Da CGT convocamos para assistir à coletiva de imprensa do Caixabank 8 que ocorrerá no dia 5 de abril, data do agora adiado julgamento, às 9h00, às portas do banco, na Calle Mayor 27, em Guadalajara.
Contra a criminalização do protesto, dignidade rebelde!
Fonte: https://cgt.org.es/ante-la-criminalizacion-de-la-protesta-la-dignidad-rebelde-de-las-8-de-caixabank/
Tradução > Liberto
agência de notícias anarquistas-ana
Solidão no ninho
O pássaro se assusta
No eco do trovão
Rodrigo de Almeida Siqueira
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!