Com o lema “An injury to one is a injury to all”, a CNT faz um chamado internacional a mobilizar-se em defesa das companheiras de Xixón nos dias prévios ao 1º de maio.
Em 2017 uma trabalhadora da confeitaria La Suiza vem a nosso sindicato em busca de assessoria e apoio em uma situação de abuso patronal e assédio, com o não pagamento de horas extraordinárias, impossibilidade de desfrutar de férias e cargas excessivas de trabalho durante sua gestação, o que se traduziu em um risco de aborto que desembocou na correspondente licença médica. Junto a todos estes abusos, a companheira denunciava um tratamento insuportável por parte do empregador, que incluía comentários humilhantes e opiniões sobre seu corpo.
Já com o apoio da CNT Xixón, desde o sindicato se começou por tratar de manter uma reunião com o empresário para abordar a situação e tentar resolvê-la através do diálogo, algo ao qual o empregador se negou.
Ante esta situação, a CNT decidiu tornar público o conflito através de concentrações e redes sociais. Como consequência desta campanha informativa, o empresário concordou em reunir-se com o sindicato, mas se negou a chegar a algum acordo.
Desde a CNT Xixón se continuou com concentrações no exterior da confeitaria e uma campanha informativa. Quer dizer, se utilizaram as ferramentas sindicais a nosso alcance para defender os direitos de nossa companheira. Cabe assinalar que todas estas ações se desenvolveram sem que aconteça a intervenção policial. Apesar da normalidade das ações de protesto, começam a ocorrer identificações policiais de diferentes companheiras da CNT Xixón e, finalmente, se produzem várias detenções e se tramitam as denúncias correspondentes.
O processo judicial consequente se abre com a tentativa de imputação de umas trinta pessoas, militantes do sindicato, mas também de outras pessoas que haviam ido apoiar à trabalhadora de La Suiza. Finalmente ficaram imputadas oito pessoas.
A trabalhadora afetada no conflito original interpõe também uma denúncia por assédio sexual, que é arquivada ante a justificação judicial de não existir carga de prova suficiente.
Finalmente, o Tribunal do Penal número 1 de Gijón, em sentença emitida em junho de 2021, condena as oito ativistas processadas a um total de 25,3 anos de prisão: três anos e meio de prisão para 7 delas e 8 meses para outra, pelos delitos de coações e obstrução de justiça. Ademais, a sentença estabelece uma indenização à confeitaria La Suiza de 150.428 euros, declarando ao sindicato CNT como responsável civil subsidiário.
Após o recurso interposto pela CNT, o TSJ de Astúrias ratificou a pena de prisão para seis das oito sindicalistas condenadas pelo caso de ‘La Suiza’.
Esgotada praticamente a via legal nossas companheiras estão cada vez mais perto de ter que ingressar na prisão. Por isso fazemos um chamado às organizações sindicais, sociais, feministas, de moradores e políticas e em geral ao povo de Astúrias para mobilizar-se e parar este despropósito.
FRENTE À SUA INJUSTIÇA, nossa SOLIDARIEDADE
SE TOCAM A UMA NOS TOCAM A TODAS
Fonte: https://www.cnt.es/noticias/cnt-hace-un-chamado-internacional-en-defensa-de-las-companeras-de-xixon/
Tradução > Sol de Abril
Conteúdos relacionados:
agência de notícias anarquistas-ana
Regato tranqüilo:
uma libélula chega
e mergulha os pés.
Anibal Beça
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!