O local proposto para a instalação fica na floresta de Weelaunee, onde se localizava a Old Atlanta Prison Farm, uma fazenda-prisão criada em 1920, onde os presos, na maioria pessoas não-brancas, eram torturados e forçados a trabalhar em condições de escravidão. A Cop City é uma afronta, tanto pela escolha de um local historicamente relacionado ao racismo, quanto pela destruição da floresta e pelo fato de que a militarização da polícia significa apenas mais violência policial nas comunidades pobres da região.
Em resposta, vários protestos contra Cop City foram organizados, incluindo um acampamento na floresta para impedir a construção. No dia 18 de janeiro de 2023, a polícia atacou um desses acampamentos e matou Manuel “Tortuguita” Esteban Paez Terán com mais de 50 tiros. Tortuguita era eco-anarquista não-binárie de origem venezuelana. Os tiros foram disparados depois que um policial foi ferido na perna. O áudio da câmera que os policiais usavam sugere que o ferimento foi resultado de um disparo equivocado de outro policial.
A autópsia também não encontrou nenhum resíduo de pólvora nas mãos de Tortuguita. Com base na trajetória das balas e dos ferimentos em ambas as mãos, a autópsia indica que Terán estava com as mãos levantadas e de pernas cruzadas. Mas um relatório de análise balística forense afirma que uma pistola 9 mm pertencente a Terán (comprada legalmente em 2020) foi usada contra o policial. Os detalhes deste relatório não foram divulgados publicamente.
Tortuguita tinha 26 anos, estudou na Universidade da Flórida, atuou em vários movimentos de justiça social, incluindo Food Not Bombs!, e faria 27 anos hoje, dia 23 de abril de 2023. Este assassinato não será esquecido. Em memória de todas as pessoas presas e assassinadas pelo estado, em defesa de todas as florestas, contra todo racismo e toda forma de opressão policial, a luta continua.
Fonte: https://medium.com/contra-a-civiliza%C3%A7%C3%A3o/defenda-a-floresta-e4ed299491f1
agência de notícias anarquistas-ana
folhas escuras
tremem na brisa
à contra-lua
Rogério Martins
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!