As comemorações do Primeiro de Maio organizadas pela Federação Anarquista voltaram às ruas de Praga. Várias centenas de manifestantes se reuniram na Ilha Strelec, que chegaram a se definir contra o “gasto exacerbado pelo governo de direita, a crise climática em curso, a guerra do ditador do Kremlin contra a Ucrânia, o fascismo de uma parte da sociedade ou o ódio aos imigrantes e pessoas LGBTQ+”, como afirma o comunicado de imprensa da Federação Anarquista. Embora, especialmente nos anos noventa, o primeiro de maio anarquista tenha sido associado a confrontos relativamente grandes com partidários da extrema direita, este ano não houve conflitos semelhantes.
Além dos problemas atuais, as pessoas reunidas também se manifestaram contra o atual sistema capitalista, que, segundo eles, “sufoca as pessoas na armadilha de empregos estúpidos, aluguéis altos e o sentido da vida dissolvido pelo consumismo”. As palavras-chave da manifestação foram liberdade, igualdade e solidariedade. Um comunicado de imprensa da Federação Anarquista declarou: “Queremos um mundo onde possamos nos desenvolver livremente, independentemente de origem, cor ou gênero e onde não seja necessário se curvar a um gerente, policial ou funcionário do partido.”
Os anarquistas também relembraram o significado original do Dia do Trabalho. Ele comemorou a greve geral em Chicago, que começou em 1º de maio de 1886 e culminou alguns dias depois no chamado Massacre de Haymarket, durante o qual várias pessoas morreram e dezenas ficaram feridas. Mais de cem anos se passaram desde a introdução da semana de trabalho de oito horas, mas ainda estamos esperando a próxima grande mudança, de acordo com os reunidos. Depois de discursos, um piquenique e uma reunião amigável, os anarquistas fizeram um desfile por Praga em direção à Ilha Štvanice, onde o evento culminou em frente ao clube de música Bike Jesus. As bandas hardcore e punk Ahoj, Thalidomide e Bratislava’s Rozpor tocaram para os presentes.
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Tradução > Contrafatual
agência de notícias anarquistas-ana
nuvem que passa,
o sol dorme um pouco –
a sombra descansa
Carlos Seabra
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!