Cartas náuticas para tempos tempestuosos. Não há dúvida de que as palavras compartilhadas no Encontro Internacional “Capitalismo corporativo global, patriarcado planetário, autonomias em rebelião”, realizado no Caracol Jacinto Canek, em San Cristóbal de Las Casas, nos dias 6 e 7 de maio, são exatamente isso. Reflexões indispensáveis que nos ajudam a navegar nos tempos conturbados em que vivemos.
Durante dez dias, a Caravana do Sul Resiste percorreu os territórios onde os megaprojetos do Corredor Transistêmico e do Trem Maia estão sendo construídos, visitando as comunidades afetadas por eles, olhando e ouvindo atentamente para entender o que esses projetos realmente significam para as pessoas e para o país. Com esse acúmulo de dores e lutas, cerca de 1.200 pessoas se reuniram no Jacinto Canek Caracol para pensar sobre o que haviam vivido e para juntar isso às reflexões de outros pensadores. Durante dois dias, um total de 940 pessoas do Congresso Nacional Indígena, pertencentes a 38 povos indígenas; ativistas e pensadores de várias partes do país; e visitantes internacionais de El Salvador, Estados Unidos, Alemanha, Espanha, Argentina, Áustria, Catalunha, Bélgica, Porto Rico, Colômbia, Brasil, Canadá, Chipre, Bolívia, Costa Rica, Cuba, Equador, Euskal Herria, Itália, França, Finlândia, Suíça, Grécia, Honduras, Curdistão, Reino Unido, Suécia, Guatemala, Uruguai, Venezuela e Wallmapu, reuniram as muitas histórias de desapropriação e resistência em tantas geografias para formar um quadro do momento histórico em que vivemos.
Nesta primeira de duas edições do Encontro, tentamos sintetizar as análises compartilhadas no primeiro dia, nas vozes do pensador uruguaio Raúl Zibechi; da ativista colombiana Vilma Almendra, do povo Nasa da região do Cauca; das mulheres do Curdistão; da pensadora Ana Esther Ceceña; e do advogado Carlos González, do Congresso Nacional Indígena.
Também compartilhamos os áudios completos das apresentações, bem como o resumo do que a Caravana descobriu em sua jornada e, finalmente, o pronunciamento final da Caravana e do Encontro, que, embora tenha sido lido no último dia, incluímos aqui devido à sua importância.
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Tradução > Liberto
agência de notícias anarquistas-ana
Na noite sem lua
o mar todo negro
se oferece em espuma
Eugénia Tabosa
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!