Todo dia 2 de junho, a República se celebra com exibições, desfiles e comemorações militares.
Essa comemoração, que sempre esteve impregnada de nacionalismo, também assume uma conotação explicitamente militarista a cada ano que passa.
Este ano, o governo fascista em exercício acelerará ainda mais esse processo. Guerras, estupros, ocupações de terras, bombardeios, torturas, toda a amostragem de horrores humanos, quando executados por homens e mulheres uniformizados, tornam-se legítimos, necessários, oportunos, heroicos. Os uniformes de parada, as bandeiras, as medalhas não são o mero legado de um passado que é mais retórico e magniloquente do que o nosso presente, mas a representação sempre presente que o Estado dá de si mesmo.
A Itália está em guerra: há cerca de quarenta missões militares no exterior que veem o exército italiano diretamente em campo, e das bases militares da OTAN e dos EUA localizadas em solo italiano, drones voam todos os dias para gerenciar a inteligência do exército ucraniano. E não é só isso: a poucos passos de nossas casas, são produzidas e testadas armas usadas em guerras em todos os lugares. As tropas italianas as utilizam em missões de “paz” no exterior, as indústrias italianas as vendem para países em guerra. Essas armas já mataram milhões de pessoas, destruíram cidades e vilarejos e envenenaram irreparavelmente territórios inteiros.
Os militares também estão cada vez mais presentes nas ruas de nossas cidades, em bairros onde a subsistência é cada vez mais difícil, onde as fileiras de sem-teto, sem renda e precários estão crescendo. Eles servem para prevenir e reprimir qualquer insurgência social, para silenciar qualquer pessoa que se rebela contra uma ordem social cada vez mais rígida. As funções policiais e militares estão cada vez mais entrelaçadas. As intervenções de guerra através das fronteiras e nas fronteiras são consideradas operações policiais, enquanto o uso das forças armadas com funções de ordem pública se tornou “normal”: a distância entre a guerra interna e externa está desaparecendo. Com a pandemia, as forças armadas receberam funções que até então eram exclusivas da polícia: a osmose está completa.
Bairros, escolas, universidades, praças, locais de trabalho: agora não há esfera social a salvo da crescente maré militarista. A guerra que está sendo travada na Ucrânia deu mais um impulso dramático para um rearmamento mundial – incluindo a Itália – cujo fim não está à vista e cujo resultado é imprevisível.
Opor-se a tudo isso é uma necessidade inevitável. É por isso que apelamos a todas as realidades antimilitaristas, que lutam contra as guerras e todos os nacionalismos e imperialismos, para que deem vida a iniciativas generalizadas de oposição às comemorações de 2 de junho.
Assembleia antimilitarista
Tradução > Liberto
agência de notícias anarquistas-ana
canta bem-te-vi
sol por todo o lado
natureza sorri
Carlos Seabra
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!
Um puta exemplo! E que se foda o Estado espanhol e do mundo todo!
artes mais que necessári(A)!
Eu queria levar minha banquinha de materiais, esse semestre tudo que tenho é com a temática Edson Passeti - tenho…