Em 1918, quando quase todos os progressistas americanos apoiavam a guerra e a participação nela de seu país, um jovem intelectual escrevia um lúcido ensaio antibelicista: segundo ele, a guerra revelava o verdadeiro rosto do Estado, que se servia dela para estender seu domínio no exterior e esmagar toda dissidência interna com leis de exceção. Ali figura o aforismo que o fez célebre: A guerra é a saúde do Estado.
Randolph Bourne (1886-1918) mostrou desde jovem um talento precoce para a escrita, colaborando com meios progressistas como The Atlantic Monthly ou The New Republic. Mas simpatizava cada vez mais com a causa dos trabalhadores, identificando-se com os explorados e oprimidos por experiência direta derivada de sua deficiência física (era um corcunda de 1,50 m com o rosto disforme) e sua precariedade laboral. Desde 1914, sua inflexível postura antibelicista o confrontou com quase toda a esquerda americana, que o marginalizou e expulsou de seus meios.
Nos textos que apresentamos aqui, “La guerra y los intelectuales” e “El Estado“, Bourne executa uma análise mordaz de como o intelectual progressista americano, aliando-se com as forças mais reacionárias, abandona seu pacifismo e internacionalismo por uma guerra “em prol da democracia”, e mostra o Estado e o tanto que maquinaria para apagar toda dissidência e impor um pensamento único.
La Guerra es la salud del Estado
Ano publicação: 2023
Autor / es: Randolph Bourne
Editorial: El Salmón
ISBN: 978-84-125386-9-4
Páginas: 132
Tamanho do livro: 120×170
Web: www.edicioneselsalmon.com
Tradução > Sol de Abril
agência de notícias anarquistas-ana
Cabelos tão brancos:
ancinho que raspa a terra,
colheita de anos.
Alckmar Luiz dos Santos
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!