Protestos e confrontos no Quênia contra novos impostos e alta no custo de vida

Nos últimos dias, manifestações e confrontos eclodiram no Quênia contra a imposição de novos impostos pelo governo e em meio a aumentos contínuos de preços. Os protestos já duram uma semana e até agora 12 pessoas foram mortas por tiros da polícia e centenas detidas.

Na quarta-feira, 12/07, muitos eventos tumultuosos aconteceram em várias cidades do país e especialmente em Nairóbi. No momento, é relatado que pelo menos 6 manifestantes foram mortos pelas forças de repressão. Três pessoas foram mortas na cidade de Mlolongo, no condado de Machakos, duas na cidade de Kitengela, perto de Nairóbi, e uma na cidade de Emali, na rodovia para o porto de Mombaça. Duas pessoas morreram no ataque a uma delegacia de polícia.

Em Emali manifestantes queimaram pneus e destruíram uma cabine de pedágio em uma rodovia que é símbolo de desigualdade, pois só quem pode pagar pode atravessá-la.

Na cidade de Wote, sede do condado de Makueni, os manifestantes dominaram a polícia e incendiaram a delegacia. Em Kitengela, as forças policiais também fugiram.

Há relatos de que cerca de 53 crianças estão hospitalizadas depois que sua escola foi atacada com gás lacrimogêneo pelas forças de repressão.

No total, “312 pessoas que, direta ou indiretamente, planejaram, orquestraram ou financiaram manifestações violentas e atos de anarquia (na quarta-feira) foram presas e serão julgadas por vários crimes”, disse o ministro do Interior, Kithure Kindiki, nesta quinta-feira (13/07).

“A busca pelos outros responsáveis (por esta violência) está em curso”, acrescentou.

Fonte: agências de notícias

agência de notícias anarquistas-ana

Sem ter companhia,
E abandonada no campo,
A lua de inverno.

Roseki