O aquecimento global causado pelo homem foi responsável por cerca de 60% das mortes por calor na Suíça no verão passado. Além disso, houve também três vezes mais mortes relacionadas ao calor do que a média de 2009 a 2017.
Essa é a conclusão de um estudo liderado pela Universidade de Berna e publicado na revista científica Environmental Research Letters, disse a universidade em um comunicado na terça-feira (04/07). Pesquisadores de Zurique e Basileia também participaram do estudo.
Para a onda de calor do verão de 2022, que afetou toda a Europa, os pesquisadores disseram que havia apenas um estudo sobre a contribuição da mudança climática para os efeitos do calor: o da Suíça.
A equipe liderada pela epidemiologista Ana Vicedo-Cabrera baseou seus cálculos nos chamados estudos de atribuição. Esses estudos usam métodos estatísticos estabelecidos e simulações climáticas para estimar a parcela da mudança climática causada pelo homem na carga de saúde observada.
A população urbana sofre
O estudo sobre mortes relacionadas ao calor chega a conclusões diferentes dependendo da região. Os cantões urbanos de Genebra, Vaud, Basileia e Zurique foram particularmente afetados. Em Genebra, por exemplo, o calor ultrapassou os 30°C em 41 dias.
Nos últimos tempos, a Suíça registrou apenas uma outra onda de calor mais extrema, em 2003.
As altas temperaturas tiveram consequências graves para a saúde. Entre junho e agosto de 2022, 623 pessoas morreram devido ao calor, representando 3,5% de todas as mortes durante esse período.
O estudo não apenas comprova o excesso de mortalidade atribuível ao calor. É um dos primeiros estudos em todo o mundo a quantificar a participação do aquecimento global nas mortes relacionadas ao calor: cerca de 60%. “Portanto, sem a mudança climática induzida pelo homem, mais de 370 pessoas não teriam morrido na Suíça no verão de 2022 como resultado do calor”, disse Vicedo-Cabrera.
Planos de ação
Nem todos os cantões e cidades estão igualmente equipados para lidar com o calor, disseram os autores do estudo. Na Basileia e em Zurique, por exemplo, não existe uma estratégia de saúde pública sistemática e abrangente para combater o calor.
Na Suíça francófona e no Ticino, por outro lado, já foram desenvolvidos planos de ação após a onda de calor de 2003. Entre outras coisas, eles incluem campanhas de conscientização e recomendações sobre como se comportar.
“Esses planos de ação evitaram taxas de mortalidade relacionadas ao calor ainda mais altas no verão passado nos cantões de Genebra ou Vaud, por exemplo, onde as temperaturas foram particularmente altas”, disse Vicedo-Cabrera.
Ela também recomendou que as autoridades melhorem seus planos de ação existentes para proteção contra o calor. Porque, de acordo com o estudo, “com as atuais taxas de aquecimento global, um verão quente como o de 2022 já se tornará um verão comum nas próximas décadas”.
agência de notícias anarquistas-ana
Angelus. Dedos da brisa
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adormecem os pássaros.
Yeda Prates Bernis
artes mais que necessári(A)!
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Edmir, amente de Lula, acredita que por criticar o molusco automaticamente se apoia bolsonaro. Triste limitação...
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