Um total de 85 páginas compõem o livro ‘Mujeres libertarias en Jerez. El Sindicato de Emancipación Femenina. Pioneras del feminismo en la ciudad‘. Esta obra, que já publicou sua segunda edição com a editorial Calumnia, é assinada pelo jerezano Francisco J. Cuevas Noa e Aurore E. Van Echelpoel.
O livro começa com a menção à revista ‘Mujeres Libres‘. “Só havia tirado dois números antes da guerra, e o número dois precisamente distribuía-se dias antes do início da chamada Guerra Civil Espanhola”. Em uma fotografia que reunia o texto que acompanha a imagem aparece a expressão “mujeres de aceituna” (mulheres de azeitona), fazendo referência à tez morena e cigana de muitas das mulheres que mostra.
Cuevas Noa e Van Echelpoel buscam assim homenagear e evitar que caiam no esquecimento as 1.500 mulheres trabalhadoras de diversas profissões que pretendiam avançar em direitos e construir um mundo novo em igualdade. Contam que em abril de 1936 se constituiu em Jerez o Sindicato de Emancipação Feminina, aderido à CNT, com todas elas.
De tendência anarcofeminista, este sindicato foi presidido por María Luisa Cobo. Fizeram parte do mesmo outras mulheres como Antonia Cantalejo, as irmãs Díaz Calvo, as irmãs Vega Álvarez, María Hormigo y Ramona. Ao longo de suas páginas realizam um percurso fulgurante no qual narram os protestos que protagonizaram para melhorar as condições das empregadas domésticas, estabelecendo cursos de alfabetização. Também sua implicação na defesa de inquilinas de aluguel de casas e como se envolveram numerosas trabalhadoras da localidade que pediam romper com a velha opressão para criar um mundo novo. “Não o tiveram fácil, já que nem sequer muitos de seus companheiros de militância entenderam sua luta”.
Seu fim
A repressão franquista acabou brutalmente com este incipiente movimento feminista e obreiro ao mesmo tempo, e parece que o esquecimento cobriu qualquer rastro dessa luta. Mas a memória persiste, e os autores deste texto puderam reconstruir assim, ao menos em parte, sua história.
Fonte: https://www.diariodejerez.es/jerez/Mujeres-libertarias-Jerez-1500-trabalhadoras-cayeron-esquecimento
Tradução > Sol de Abril
agência de notícias anarquistas-ana
Gatinha meiga
ao passar da mão
seu corpo se ajeita
Eugénia Tabosa
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!