Corria o ano de 1872 quando, após o Congresso da Associação Internacional de Trabalhadores (Primeira Internacional) de La Haya, se produziu a cisão entre socialistas autoritários (marxistas) e socialistas libertários (anarquistas). Durante o mês de setembro daquele ano, em Saint-Imier (Suíça) se reuniram as delegações da Itália, Espanha, Bélgica, Estados Unidos, França e Suíça (Federação do Jura) para estabelecer as bases de uma nova forma de entender a união do movimento obreiro e as formas de organização, a Internacional Anarquista ou Internacional Antiautoritária que sobreviveu até 1907 (ainda que depois da I Guerra Mundial foi refundada como A.I.T.). A aquele encontro foram nomes de sobra conhecidos: Mijail Bakunin, Errico Malatesta, Giuseppe Fanelli, Rafael Farga, James Guillaume, Carlo Cafiero…
Este ano, entre os dias 19 e 23 de julho, se celebrou em Saint-Imier o 150+1 aniversário (o ano passado se teve que suspender devido às restrições existentes ainda pelo covid-19) daquele histórico encontro com o nome de Encontro Internacional Antiautoritário. O secretário geral, Miguel Fadrique, e o secretário de relações internacionais, David Blanco, foram em nome da CGT e puderam participar de algumas das centenas de atividades, leituras, apresentações, palestras, oficinas, seminários, concertos… que durante esses dias congregaram no pequeno povoado suíço a uma multidão de pessoas de todos os rincões do mundo.
No Espace Noir de Saint-Imier se projetou o documentário sobre a vida de Salvador Seguí elaborado pela Fundação Salvador Seguí ante um grupo de alemães, italianos, espanhóis e franceses (alguns deles descendentes de anarquistas exilados após a Guerra Civil e a grande maioria muito vinculados com a revolução social acontecida após o golpe de Estado de 36) e se pode falar sobre o presente e o futuro do anarcossindicalismo, sobre seu conteúdo social e a esperança que abre a umas novas relações entre seres humanos.
Durante o Encontro em Saint-Imier, o secretário geral e o secretário de relações internacionais aproveitaram para encontrar-se com os companheiros e companheiras da Unione Sindacale Italiana (USI), da Sveriges Arbetares Centralorganisation (SAC) da Suécia e de Solidaires Unitaires Démocratiques (SUD Vaud) da Suíça.
Secretaria de Relações Internacionais
Fonte: Rojo y Negro nº 381 de setembro
Tradução > Sol de Abril
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Carlos Seabra
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!