A CIT encerra em Hannover a última sessão de seu mais alto órgão de tomada de decisões, seu congresso, deixando uma organização mais forte e mais coesa.
Neste encontro, as seções internacionais federadas na CIT discutiram longamente diferentes questões atuais, desde o futuro da internacional e sua expansão para outras partes do mundo, passando pelo apoio a projetos em áreas de conflito, como Rojava, e ajuda a trabalhadores precários em Myanmar.
O congresso, organizado pelo sindicato local, FAU, em um ambiente natural, ocorreu de acordo com o planejado, onde prevaleceram o companheirismo e o respeito entre as diferentes seções. Com a ajuda de tradutores, lidamos com os itens da pauta em inglês e espanhol, tendo discussões aprofundadas e chegando a resoluções para os próximos 5 anos, até o próximo congresso.
As mudanças são feitas de acordo com a rotação prevista no organograma interno. A USI cede o lugar à CNT para ser responsável pela tesouraria nos próximos 5 anos e a IWW-NARA, atual secretaria, cederá, dentro de um ano, o lugar à USI na presidência da internacional.
Além disso, ontem, junto com os observadores, foi realizada uma enriquecedora sessão informal sobre o trabalho futuro e atual da CIT, junto com várias discussões das seções, desde o funcionamento de cada seção, setores com mais força, as formações internas de cada sindicato, até a defesa dos direitos das pessoas trans, contra o racismo e o sexismo.
Esse congresso mostra a maturidade dos diferentes sindicatos. Todos os debates foram enriquecedores e reuniram diferentes realidades entre a Europa e a América. Por exemplo, os companheiros da FORA, o sindicato anarcossindicalista argentino, explicaram as condições de trabalho ruins que eles têm lá. Da Polônia, a IP nos apresentou a legislação trabalhista que eles sofrem e a ESE, da Grécia, as deficiências e dificuldades que eles têm em nível sindical e de solidariedade com os migrantes e refugiadas.
Mais uma vez, fica demonstrado que um dos pilares da Confederação Internacional do Trabalho é a solidariedade e o apoio mútuo. É por isso que respondemos afirmativamente quando foi solicitada ajuda internacional das seções, como no caso do conflito de “La Suiza”, na Espanha, ou de seções que não pertencem à CIT, para apoiar as greves em Mianmar, pois entendemos que não devemos apoiar apenas as lutas das seções que pertencem a ela e que a solidariedade deve ser universal entre as organizações afins.
Por fim, o secretário cessante da IWW-NARA encerrou o congresso, agradecendo a presença de todas as seções, incentivando-as a começar a trabalhar nas resoluções tomadas e desejando um crescimento contínuo dentro das seções, com a convicção de que o internacionalismo é essencial para a eficácia de nossa luta como classe.
Organizações participantes:
CNT, Confederación Nacional del Trabajo, España | ESE, Eleftheriakí Syndikalistikí Énosi, Grecia | FAU, Freie Arbeiter*innen Union, Alemania | FORA, Federación Obrera Regional Argentina | IP, Inicjatywa Pracownicza, Polonia | IWW-NARA Industrial Workers of the World (Administración Regional de América del Norte) | USI, Unione Sindacale Italiana, Italia
Organizações observadoras:
CNT-F, Confédération nationale du travail, Francia | Riders x Derechos, España | Vrije Bond, Países Bajos
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De manhã, a brisa
encrespa o igarapé
e penteia as águas.
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