Na quarta-feira (04/10), foram realizadas manifestações simultâneas em diferentes cidades em resposta ao início iminente da exploração sísmica na costa de Mar del Plata. Houve “Atlanticazos” em Mar del Plata, Necochea, La Plata, CABA, Bahía Blanca, Puerto Madryn, San Antonio Oeste, Río Grande, Ushuaia, Posadas, Paraná e Mendoza.
As organizações ambientais alertam sobre as consequências dessa atividade extrativista no mar da Argentina. “Durante a exploração sísmica, o mar é bombardeado acusticamente para localizar fontes de hidrocarbonetos, gás e petróleo. Estamos falando de ruídos ensurdecedores semelhantes ao lançamento de um ônibus espacial a cada 10 segundos. Devido ao bombardeio sonoro, mamíferos, répteis, invertebrados, peixes e pássaros sofrem desorientação, mudanças em seu comportamento, alterações em seus padrões de alimentação e reprodução, estresse, deficiência auditiva, ferimentos graves e até mesmo a morte”, disseram as organizações ambientais em um comunicado.
Elas também enfatizaram que essa exploração está sendo realizada em uma área prioritária para a conservação da biodiversidade, que inclui espécies em grave estado de vulnerabilidade, como a baleia franca austral e o golfinho de La Plata. “Vários estudos também concluem que há uma alta probabilidade de vazamentos. Os estudos duvidosos de impacto ambiental são objeto de reclamações. Há uma completa falta de licença social. Dezenas de estudos científicos alertam sobre o perigo dessa atividade. Apesar de tudo, o navio BGP Prospector, contratado pela Equinor, chegou no domingo, dia 01/10/2023, a Montevidéu e o trabalho de prospecção sísmica está prestes a começar. Até o momento, ainda está pendente a resolução de dois recursos extraordinários interpostos perante a Suprema Corte de Justiça da Nação há mais de um ano. A atividade petrolífera no Mar Argentino não vai nos tirar da pobreza, nem vai criar mais empregos do que efetivamente coloca em risco. A atividade petrolífera no Mar Argentino, longe de ser uma saída, representa um risco para os ecossistemas marinhos, para a qualidade de vida de milhões de pessoas e para as atividades econômicas das comunidades costeiras, como a pesca, o turismo e a gastronomia”, continuaram.
“As comunidades costeiras estão em risco e silenciadas. Todo argentino tem direito a informações que protejam os bens comuns dos quais depende sua qualidade de vida. O Estado deveria ser o garantidor. Hoje são as organizações”, concluíram.
Fonte: https://www.anred.org/2023/10/07/el-mar-argentino-en-riesgo-inminente/
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Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!