[Espanha] Exposição: “Ni Déu, Ni Estat, Ni patró. L’anarquisme a la Catalunya contemporània”

Inaugurada em 28 de setembro, a exposição intitulada “Ni Déu, Ni Estat, Ni patró. L’anarquisme a la Catalunya contemporània” poderá ser vista na sede do Memorial Democrático da Generalitat da Catalunha até 18 de janeiro de 2024.

A exposição propõe uma abordagem ao anarquismo, um dos movimentos sociais mais importantes da Catalunha contemporânea, traçando a sua influência nas suas diferentes vertentes, desde o sindicalismo à cultura e à educação, passando pela economia, pela organização sócio-política… desde os seus primórdios até os dias de hoje, com o objetivo de refazer e divulgar toda essa memória coletiva, truncada especialmente pela ditadura franquista.

A partir do primeiro terço do século XX este movimento tornou-se uma das correntes emancipatórias com maior aceitação entre as classes populares catalãs. Numa sociedade polarizada social e economicamente e marcada por desigualdades, o anarquismo foi considerado por muitos setores como uma alternativa cultural e política à ordem capitalista estabelecida. O potencial do movimento era tão grande que rapidamente as autoridades dominantes reagiram com repressão e marginalização. Apesar das razões nobres e objetivas das aspirações da militância anarquista, a violência política também marcou esta ideologia que se dizia antimilitarista e de linhagem humanista. Isto também explica porque historicamente tem sido combatida ferozmente até que a sua percepção tenha sido distorcida no imaginário coletivo do país.

Segundo Jordi Font, diretor do Memorial Democrático, a exposição pretende quebrar estereótipos e apresentar o anarquismo para além das visões tendenciosas que muitas vezes se centram na violência. No entanto, é reconhecida a importância do legado histórico de figuras proeminentes do movimento, como Salvador Seguí, Federica Montseny ou Quico Sabaté.

Memorial Democràtic, Peu de la Creu, 4, Barcelona

agência de notícias anarquistas-ana

Primavera
prima-flor desabrocha
obra-prima

Luciana Bortoletto