Instituto de Estudos Libertários (IEL) entrevista Nilciana Alves Martins
Quem é Nilciana Alves Martins?
Essa é uma pergunta realmente difícil, afinal estamos sempre em um processo de construção fruto de múltiplos atravessamentos, e por isso, atribuir adjetivos a si mesmo é desafiador e incerto, visto nosso caráter transitório. Tentando focar no que fica, ao invés do que muda, diria que sou uma pessoa comum. Profissionalmente, tenho me dedicado à História e à educação popular. Sou doutoranda vinculada ao Laboratório de História Política e Social (Lahps|Ufjf). Desde 2018, me aproximei do universo dos periódicos acadêmicos contribuindo em diferentes funções dentro das equipes editoriais. Hoje em dia, atuo como vice-editora chefe da Revista Faces de Clio e assistente editorial da Locus, ambas ligadas à referida universidade.
Quando e como conheceu o anarquismo?
Após vasculhar minha memória na tentativa de responder essa questão, lembrei que ainda na juventude me deparei com símbolos anarquistas, seja através do grunge e do punk ou dos (A) espalhados pelos muros da cidade. Em 2014, comecei a faculdade de História e pelos corredores encontrei alguns “gatos pingados” anarquistas, isso me possibilitou um maior contato com o socialismo libertário. A partir daí, busquei me aproximar da literatura anarquista, encontrando ali contribuições que me atravessam até hoje.
Você tem preferência por alguma corrente histórica do anarquismo?
Creio que não! Pelo menos, não no sentido que geralmente isso tem. Não me vejo dentro de uma corrente específica, mas apenas como alguém disposta a ser tributária do que lhe parece potente. Vejo o anarquismo como uma construção coletiva, como algo “vivo”, uma soma de diferentes empenhos individuais e coletivos ancorados em princípios inegociáveis. De acordo com minhas possibilidades, busco entender os princípios e as múltiplas performances anarquistas espalhadas pelo tempo. A liberdade, a crítica e a criatividade anarquista é o que mais me chama atenção. Daí a dificuldade em me encaixar dentro de uma corrente específica, apesar de achar super possível e válida tal ação. Ainda assim, se eu tivesse que listar nomes da ancestralidade anarquista que me influenciaram diria: David Graeber, Emma Goldman, Francisco Ferrer, Maria Lacerda de Moura, Mikhail Bakunin, Peter Kropotkin entre vários outros nomes.
>> Para ler a entrevista na íntegra, clique aqui:
agência de notícias anarquistas-ana
Mato molhado
cobra rasteja
passou de repente
Docá
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!