São dezesseis anos consecutivos de invasão, ocupação e fundação do Centro de Cultura Anarquista Squatt 13 de janeiro.
A primeira fase de invasão teve início em 2003 juntamente com indivíduos ligados a “Regional Ativista de Curitiba” e do coletivo “Esforços da Mudança” (Vegan Straight Edge Punk) na época ligado a “Casa da Ponte”.
Indivíduos desses dois coletivos participaram do primeiro Fórum Social Mundial em Porto Alegre (RS) e estiveram presentes na fundação do Movimento Passe Livre, no mesmo ano.
A fundação do centro de cultura se deu no sábado, 13 de janeiro de 2007. Participaram desse momento três garotas e dois garotos. A partir desse ato foi experienciado inúmeras formas de se organizar independentemente e permitindo ampla liberdade coletiva e individual dos participantes. A ocupação gerou o nascimento do GEAC (Grupo de Estudos Anarquista de Curitiba), da ELA (Estudos pela Libertação Animal), do CLATH (Coletivo Libertação Animal da Terra e Humana), do GERAE (Grupo de Experimento Rural e Agroecológico), do NAC (Núcleo Anarquista de Curitiba), da FAAF (Frente de Ação Anarcafeminista) e da Biblioteca Maria Lacerda de Moura. Essa última ainda presente. Abrigou o CMI-Curitiba bem como foi sede do MPL-Curitiba.
A partir de 2007 até meados de 2018 o porão abrigou ensaios de bandas e teatros, cinema, encontros e debates. Foi palco de shows locais, nacionais e internacionais. O espaço foi gerido coletivamente por distintos grupos e indivíduos em diferentes épocas.
A casa foi invadida e ocupada numa época que o bairro em Curitiba estava abandonado e sem vida. Hoje em dia exatamente na quadra onde está a J13, é o local com mais intensa movimentação de bares e casas noturnas. São recorrentes as ameaças pela especulação imobiliária devido ao fato da revitalização que sofre o bairro e valorização do metro quadrado da região. Mesmo assim resistimos ilegalmente com nosso acervo anarquista e mantemos os mesmos princípios Anarco Punk Vegan Straight Edge.
“Só caminha para a emancipação quem se coloca fora da lei, fora dos prejuízos, dos dogmas, dos preconceitos religiosos e sociais- para se conhecer-se, para realizar-se” – Maria Lacerda de Moura
estudosanarquistadecuritiba.blogspot.com
agência de notícias anarquistas-ana
a chuva no charco
traça círculos
sem compasso
Eugénia Tabosa
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!