A reforma trabalhista na Grécia foi alvo de muitas críticas, mas na Espanha não estamos em melhor situação.
O Parlamento grego aprovou em 22 de setembro de 2023, uma reforma trabalhista que faz uma diferença importante em termos de pluritrabalho em detrimento dos trabalhadores. Agora, qualquer pessoa pode ter um segundo emprego de, no máximo, cinco horas, além de um emprego de tempo integral como sua atividade principal. Em outras palavras: 13 horas de trabalho por dia são legalizadas no caso de ter dois empregadores.
Desde a CNT, que historicamente defendeu a redução para quatro dias de trabalho sem redução de salários, quer expressar nossa preocupação com a aplicação de políticas neoliberais cada vez mais agressivas em relação aos trabalhadores, que estão constantemente perdendo seus direitos diante de uma filosofia de crescimento econômico e maximização de lucros que passa por cima das pessoas.
A situação na Grécia tem suscitado muitas críticas, tanto lá quanto em outros países. Gostaríamos de aproveitar esta oportunidade para chamar a atenção para a legislação na Espanha, que é ainda pior do que o caso em questão: aqui, uma semana de trabalho de 40 horas é permitida sem qualquer limitação de contratos, o que significa que 24 horas de trabalho podem ser vinculadas por meio de diferentes contratos sem quaisquer intervalos. Em outras palavras, não há limitação para o pluritrabalho.
A reforma trabalhista grega também envolve uma extensão para seis dias por semana, 78 horas de trabalho por semana e aposentadoria aos 74 anos de idade. Em resumo, todas essas são medidas que tentam consolidar um modelo de “viver para trabalhar” que nós da CNT rejeitamos totalmente. De fato, consideramos que o aumento das horas de trabalho e da vida útil é um assunto muito sério, pois também implica um aumento da precariedade.
Pelo contrário, a redução da jornada de trabalho é sinônimo de equilíbrio entre vida pessoal e profissional, criação de empregos, melhor distribuição da riqueza, maior produtividade e qualidade de vida. Isso não é apenas o que nós da CNT dizemos, mas também é demonstrado por um número crescente de estudos e experiências. E continuaremos a defendê-lo até que o alcancemos.
valencia.cnt.es
agência de notícias anarquistas-ana
ao voltar dos campos
abro a porta
e a lua entra comigo
Rogério Martins
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!