De 23 a 30 de dezembro, vários coletivos de Madri lançaram um chamado para participar de uma semana de luta contra as fronteiras e as guerras do capital. Com este vídeo, apresentamos um resumo de algumas das atividades que ocorreram durante esses dias.
>> Assista ao vídeo aqui:
https://www.youtube.com/watch?v=iBbM2V7uyTk&t=3s
Aqui está o texto da convocação para a semana:
CONVOCAÇÃO POR UMA SEMANA CONTRA AS FRONTEIRAS E AS GUERRAS DO CAPITAL. | MADRID. 23-31 DE DEZEMBRO.
O capitalismo e os Estados mundiais aceleraram os habituais massacres de proletários e o deslocamento forçado da população nos últimos anos. O nacionalismo está ressurgindo com força em todo o mundo como uma das ferramentas mais úteis dos poderosos para unir oprimidos e opressores em torno das mesmas bandeiras nacionais e para atingir nossos iguais em vez de nossos opressores.
O complexo industrial militar-técnico está atingindo níveis de desenvolvimento sem precedentes com novas formas tecnológicas de matar e, ao mesmo tempo, a militarização da vida cotidiana está avançando a passos largos. As sociedades democráticas modernas são cada vez mais governadas por parâmetros em que qualquer desculpa (crise de saúde, crise climática, “ameaça de terrorismo”…) é uma oportunidade para colocar os militares nas ruas e acostumar a população ao fato de que o Estado também nos monitora e controla por meio dos militares.
As tensões geopolíticas dos últimos anos são apenas mais um capítulo em um confronto mais amplo entre blocos de países capitalistas sobre a divisão do mundo.
A guerra sempre foi um instrumento de reestruturação econômica para o capitalismo em crise. Mesmo hoje, acompanhada pelas políticas de intervencionismo estatal que são tão caras à esquerda e que já foram precursoras de conflitos mundiais, a guerra é a forma mais radical de opressão exercida pelos Estados e capitalistas contra os explorados. Por essas razões, acreditamos que o conflito atual é um ataque a todos os proletários, seja na Palestina, na Ucrânia, em Nagorno-Karabakh ou em qualquer outro lugar do mundo.
Os oprimidos nos países ocidentais, em sua contrapartida, sofrem mais uma reviravolta nas condições de vida, agora com a desculpa da guerra e do consequente “esforço” a ser pago, como sempre, pelos que estão na base. A exploração prevalece e assume novos patamares à medida que a população é solicitada a fazer um “esforço de guerra”.
Os deslocamentos forçados que o capitalismo gera em nível internacional (muitos deles relacionados à guerra) e que arrastam centenas de milhões de pessoas por mares, desertos, muros e arame farpado, sob constante perseguição e racismo, são outro capítulo da guerra aberta do sistema contra os pobres. CIES, fronteiras militarizadas, muros, postos de controle, forças policiais atirando contra eles em ambos os lados da fronteira são outra parte da vasta indústria militar e de controle que os Estados desenvolvem e implementam.
Em vista disso, convocamos uma semana de agitação e luta contra as guerras do capital e das fronteiras. Para dar mais uma coordenada nessa luta constante, cotidiana e internacionalista. A guerra começa aqui, as empresas colaboracionistas da guerra, a produção de armas… não é alheia à nossa realidade cotidiana. Conversas, debates, ações e sair às ruas novamente diante da luta nas instituições e nos canais de protesto da esquerda do sistema. Uma convocação que pode ser estendida a qualquer grupo, coletivo ou indivíduo que queira participar. Fique atento a futuras convocações.
Contra as fronteiras. Contra a guerra. Contra a paz.
Pela revolução social.
gruporuptura@riseup.net
https://twitter.com/GrupoRupttura
Tradução > Liberto
agência de notícias anarquistas-ana
Chuva cai lá fora
No batuque das goteiras.
Eu durmo tranqüilo.
Natacha Lemes Batistão
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!