De acordo com o World Prison Brief (WPB), uma base de dados online de sistemas prisionais de todo o mundo, existem pelo menos 90 mil prisioneiros nas prisões cubanas. Este número, superado apenas pelo de El Salvador, coloca Cuba em segundo lugar no mundo em termos de taxa de encarceramento.
“Constatamos que Cuba tem 90.000 presos em suas prisões e outros 37.500 condenados a prisão domiciliar ou trabalho forçado sem internamento”, declarou Javier Larrondo, presidente da associação Defensores dos Prisioneiros, organização que enviou os dados ao WPB, para verificação, em 2020,
“Demorou mais de três anos para que este órgão verificasse todos os documentos enviados, mas com esta ratificação estamos satisfeitos que Cuba seja finalmente oficialmente classificada como o segundo país do mundo em número de presos, com a taxa exata que calculamos na época, ou seja, 794 presos por 100.000 habitantes”, disse Larrondo.
O WPB, organizado pelo Institute for Justice and Crime Policy Research (ICPR) da Universidade de Londres, “tem o apoio de todas as instituições políticas do mundo, o que é uma conquista sem precedentes”, afirmou.
A elevada população carcerária de Cuba é agravada pelas más condições de detenção. Em agosto de 2023, por exemplo, foram relatados surtos de tuberculose em Combinado del Este (Havana) e na prisão provincial de Pinar del Río. Em todos os casos, os relatórios foram acompanhados de queixas sobre o trabalho insuficiente das autoridades para tratar os doentes e proteger a população prisional não infectada.
A vulnerabilidade dos reclusos às doenças é exacerbada pela má nutrição, pela sobrelotação e pelas más condições de higiene nas prisões. Soma-se a isso os constantes maus-tratos a que os presos são submetidos.
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Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!