Sobre o tema:
É possível tecer redes anarquistas de convivência sem discutir as categorias coloniais de gênero impostas e introjetadas pela sociedade ao longo dos séculos? Aprofundar essa questão nos parece algo urgente, uma vez que o movimento de emancipação subjetivo-coletivo depende de uma contestação ativa de modelos civilizatórios que demarcam no próprio corpo papéis de subalternidade. As estruturas capitalistas, racistas e patriarcais muitas vezes não são investigadas em conjunto, sobretudo quando o feminismo liberal se debruça sobre as opressões sem considerar as vivências das mulheres latino-americanas, racializadas e que não encarnam papéis binários.
Assim, feministas decoloniais como a argentina María Lugones oferecem um pensamento estratégico para a luta anarca-feminista, nos chamando a atenção para formas de desconstrução de concepções de sexo e gênero que servem à dominação ocidental e ao produtivismo capitalista. Ao sublinhar formas de organização que não se moldam à colonialidade dos gêneros, Lugones traz um convite à construção de uma “ética da coalizão-em-processo”, isto é, de uma possibilidade coletiva de tensionar as dicotomias e revelar em comunidade como as diferenças coloniais foram criadas e afetam cotidianamente as relações.
Quando? Sábado, 02/03/24 (16h-18h)
Onde? Sede do Centro de Cultura Social de SP (Rua Gal. Jardim, 253, sl. 22, Vila Buarque – São Paulo)
Para os textos e orientações para a participação acesse:
https://www.instagram.com/p/C3VQ42VO33B/
agência de notícias anarquistas-ana
No frescor da sombra
Caldo pelos cotovelos —
Manga madura
Neiva Pavesi
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!