Cinco dias de anarquia, não duraram mais do que a vida de uma flor” (Federica Montseny).
O documentário busca resgatar um episódio pouco conhecido da história da Catalunha e do Estado espanhol.
Esse episódio é a insurreição de Alto Llobregat e Cardoner, na qual o comunismo libertário foi proclamado em alguns vilarejos.
Federica Montseny se referiu a esse evento da seguinte forma: “Cinco dias de anarquia… não duraram mais do que a vida de uma flor”.
A insurreição libertária de Alt Llobregat foi a primeira das três insurreições gerais promovidas pela CNT no período da República Espanhola antes da Revolução Social de 1936. Ela ocorreu durante vários dias na segunda metade de janeiro de 1932 nos vilarejos da região de Berguedà, entre o rio Llobregat e seu afluente, o rio Cardener. As raízes das sociedades de trabalhadores catalãs que aderiram à Associação Internacional de Trabalhadores já estavam em prática há várias décadas, com inúmeras associações defendendo o antiestatismo e uma sociedade sem classes, e o capitalismo havia chegado a essa região na forma de exploração, principalmente em fábricas têxteis e na indústria de mineração. Nessas colônias de trabalhadores, os patrões tentaram controlar as relações sociais de seus trabalhadores e impedir sua sindicalização por meio da ameaça de perder seus empregos e, portanto, as casas onde moravam ao lado das fábricas com suas famílias.
No domingo, 17 de janeiro de 1932, foi convocada uma greve na cidade de Berga, que se espalhou no dia seguinte para outras cidades da região, incluindo a cidade de Fígols, onde as trabalhadoras têxteis e os mineiros de Sant Corneli entraram em greve para exigir o cumprimento dos acordos salariais firmados. A greve foi um sucesso e a paralisação foi total. Mas a greve tinha um programa próprio nesse município, uma greve revolucionária conduzida por coletivos anarquistas. Uma assembleia de homens e mulheres do município chegou a um acordo para proclamar o comunismo libertário a fim de varrer os patrões industriais da região. A CNT decidiu apoiar a iniciativa dos trabalhadores insurrecionais; a Guardia Civil e a Somatén (polícia rural catalã) foram desarmadas, a bandeira vermelha e preta foi pendurada na prefeitura, a propriedade privada foi abolida e o fornecimento de alimentos foi garantido. Ainda na quarta-feira, 20 de janeiro de 1932, foram convocadas eleições populares por sufrágio universal para formar a comuna livre de Fígols, nos quais um delegado geral foi eleito juntamente com outros oito delegados representativos. A tendência revolucionária da greve, no entanto, não triunfou completamente em Berga ou Manresa, mas foi um sucesso em cidades como Sallent, Cardona, Balserany e Súria. Nessas cidades, o comunismo libertário foi proclamado pela primeira vez.
O documentário, por meio de entrevistas com historiadores, especialistas, parentes de pessoas que participaram e pessoas da região, busca reconstruir os eventos, bem como analisar seu contexto e sua importância no imaginário coletivo da região. Por outro lado, utilizaremos como recurso a locução das crônicas de Eduardo de Guzman, um jornalista com ideias anarquistas, que foi enviado especial do jornal “La Tierra” durante os dias da Insurreição. O documentário terá duração aproximada de uma hora e utilizará imagens de arquivo juntamente com diferentes recursos gráficos para reconstruir a história.
>> Mais informações: https://www.verkami.com/locale/es/projects/37509-la-vida-duna-flor-la-insurreccio-anarquista-de-lalt-llobregat-i-cardener-en-1932
Tradução > Liberto
agência de notícias anarquistas-ana
Ao fazer a sesta,
A mão que segura o leque
Pára de se mexer …
Taigi
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!