Em 25 de fevereiro, Aaron Bushnell ateou fogo a si mesmo no portão da embaixada israelense em Washington, DC, como um ato de protesto contra o genocídio em curso dos palestinos em Gaza. Críticos hostis tentaram ignorar a ação de Aaron como consequência de uma doença mental. Pelo contrário, a escolha de Aaron foi uma ação política decorrente das suas profundas convicções anarquistas. Na coleção a seguir, compartilhamos o resumo de Aaron sobre sua política, seguido pelo depoimento de três amigos próximos de Aaron.
Como Aaron contou aos seus camaradas de um grupo de apoio mútuo em San Antonio, ele cresceu num enclave branco conservador muito cristão em Cape Cod. Ele tinha 18 anos quando Donald Trump foi eleito; ingressou na Força Aérea em 2019. Enquanto estava na Força Aérea, chegou à política anarquista por meio de um processo autoedidata.
Em fevereiro de 2023, Aaron preparou um documento com o objetivo de ajudar este grupo a se tornar mais coeso. Como nos disse outro participante do grupo: “Aaron procurou formalizar e amadurecer alguns dos nossos métodos de organização e sentiu que ter uma discussão profunda e aberta era um primeiro passo crucial para construir uma confiança a longo prazo. Ele criou uma lista de perguntas como uma forma de nosso grupo desorganizado de esquerdistas que prestam ajuda mútua iniciar uma conversa entre si.
Em suas próprias respostas a essas perguntas, Aaron afirma:
Sou anarquista, o que significa que acredito na abolição de todas as estruturas hierárquicas de poder, especialmente do capitalismo e do Estado… Vejo o trabalho que fazemos como uma luta contra a guerra de classes que a classe capitalista trava contra o resto da humanidade. Isto também informa a forma como quero me organizar, pois acredito que qualquer estrutura hierárquica de poder está fadada a reproduzir a dinâmica de classe e a opressão. Assim, quero envolver-me em formas igualitárias de organização que produzam estruturas de poder horizontais baseadas no apoio mútuo e na solidariedade, que sejam capazes de libertar os humanos…
Sou a favor da tomada de decisões baseada no consenso em detrimento do governo “democrático” ou baseada no voto.
>> Para ler o texto na íntegra, clique aqui:
https://pt.crimethinc.com/2024/03/01/memorias-de-aaron-bushnell-segundo-seus-amigos-1
Conteúdo relacionado:
agência de notícias anarquistas-ana
sobre a cerca,
os mais novos girassóis –
ninguém à vista
Rosa Clement
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!