M a n i f e s t o
Hoje, as mulheres e pessoas não binárias sustentamos a vida! Ocupamos as ruas sob o lema: #Acabou a Desigualdade, Juntas Transformamos Realidades, porque merecemos cada espaço que habitamos e reclamamos nosso direito à igualdade em uma sociedade diversa e justa.
Neste dia de unidade e resistência, elevamos nossa voz contra as injustiças do sistema cis-heteropatriarcal, do capitalismo voraz e das violências machistas. Um sistema que não reconhece os cuidados como trabalho e que os relega ao âmbito doméstico, voltando a jogá-los sobre nossos ombros, denegrindo o trabalho reprodutivo frente ao produtivo. Nos negamos à submissão, à invisibilidade, à precariedade e ao silêncio. Juntas, nos levantamos com força para dizer BASTA! Juntas nos levantamos e EXIGIMOS:
Cuidados como direito Fundamental: Reivindicamos seu valor ao mesmo nível que seguimos reclamando para a saúde e a educação. Exigimos um sistema público de cuidados, comunitário, universal e gratuito que reconheça e valorize os que sustentam a vida.
Cuidados sem precarização: Denunciamos a depredação capitalista dos cuidados. Grandes empresas, de âmbitos alheios, encontraram este filão e exploram este setor altamente feminizado, precarizando-o ainda mais. Exigimos condições dignas, convênios coletivos e contratos justos, direitos laborais e acesso a greve para todas, internas e externas.
Cuidados remunerados: Reclamamos o reconhecimento, a valorização e remuneração dos cuidados. O amor não paga faturas nem cotiza para a aposentadoria, pelo que exigimos o reconhecimento social e econômico, e o apoio imprescindível para os que assumem esta responsabilidade dentro de casa.
Este 8 de março, enchamos as ruas reivindicando por todas nossas companheiras em setores feminizados e mal pagos, como cuidados, comércio, sócio-sanitário, telemarketing, setor de limpeza, educação, etc. Pelas que lutam, se envolvem, militam, se organizam, cuidam, estudam e trabalham, com salário ou sem ele. Por nós, por todas elas, elevamos nossas vozes e EXIGIMOS:
– Eliminação da divisão sexual do trabalho e da precarização em setores feminizados.
– Acabar com a diferença salarial e nas pensões.
– Erradicação de preconceitos de gênero na saúde laboral.
– Eliminar machismos e os mal chamados micromachismos.
– Ofensiva contra políticas de ultradireita que limitam direitos consolidados.
– Revogação da reforma laboral.
– Revogação da lei mordaça.
– Renda básica das iguais.
– Jornada laboral de 30 horas.
– Visibilidade e representação de mulheres e pessoas não binárias em todos os âmbitos públicos.
– Uma sociedade não capacitista, inclusiva com a incapacidade e os corpos não normativos.
– Eliminação de violências machistas em todas as suas manifestações.
– Políticas reais de co-educação, formação e sensibilização em igualdade.
– Regularização já, fora lei dos estrangeiros.
– Sustentabilidade ante as consequências da emergência climática.
Levantamos nossa voz contra as Guerras e Genocídios que dilaceram comunidades e países, exigindo um cessar imediato de qualquer ação bélica, ameaças que caem especialmente em mulheres, crianças e pessoas não binárias.
Abraçamos a paz e condenamos qualquer forma de violência machista que atente contra a diversidade.
Abraçamos um feminismo inclusivo e transformador que mude consciências e construa um mundo justo e igualitário.
Pomos no centro a vida de todas as pessoas, derrubando barreiras e construindo pontes de solidariedade.
Porque nos sobram razões para seguir lutando e construindo um mundo melhor para todas as pessoas!
#ACABOU a Desigualdade, Juntas Transformamos Realidades.
Secretaria da Mulher Confederal
Tradução > Sol de Abril
agência de notícias anarquistas-ana
Sobre a folha verde,
um movimento ondulante:
taturana verde.
Maria Reginato Labruciano
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!