O Tribunal de Budapeste rejeitou nesta quinta-feira (28/03) um pedido de prisão domiciliar apresentado pela defesa da anarquista e professora italiana Ilaria Salis, que está detida desde fevereiro de 2023 por uma suposta agressão contra dois militantes neonazistas.
A docente de 39 anos apareceu na corte novamente com as mãos algemadas e correntes nos tornozelos, repetindo imagens que já haviam causado indignação na Itália em uma audiência em janeiro passado. Além disso, Salis foi conduzida por um policial como se estivesse em uma coleira.
“As circunstâncias não mudaram”, disse o juiz Jozsef Sós, acrescentando que existe “risco de fuga” da italiana.
O pai da professora, Roberto Salis, afirmou que a rejeição do recurso representa a “enésima prova de força do governo” do premiê de extrema direita Viktor Orbán.
“As correntes não dependem do juiz, mas do sistema carcerário, então o governo italiano pode e deve fazer algo para que minha filha não seja tratada como um cão”, acrescentou.
Salis arrisca ser condenada a 24 anos de prisão por supostamente ter atacado militantes neonazistas com cassetete durante uma manifestação de extrema direita na Hungria, cuja Justiça também quer processar outro italiano envolvido no caso, Gabriele Marchesi..
Ele chegou a ser preso em Milão em novembro passado, com base em um mandado de captura europeu, mas um tribunal da capital da Lombardia rejeitou um pedido de extradição feito por Budapeste e determinou sua soltura nesta quinta-feira.
Fonte: agências de notícias
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A jabuticabeira.
Através de líquida cortina
olhos negros espiam.
Yeda Prates Bernis
UM ÓTIMO TEXTO!
COMO FAZ FALTA ESSE TIPO DE ESPAÇO NO BRASIL. O MAIS PRÓXIMO É O CCS DE SP!
ESSE CASO É O CÚMULO DO ABSURDO! A JUSTIÇA ESPANHOLA NÃO TENTA NEM DISSIMULAR SEU APOIO AO PATRONATO, AO FASCISMO!
Excelente
Esquerdistas não são anarquistas. Lulistas muito menos. Uma publicação desacertada que não colabora com a coherencia anarquista.