O presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates, segue convicto no plano ecocida de expandir a produção de petróleo na Margem Equatorial, em uma das áreas de interesse da Petrobras na bacia da Foz do Amazonas.
Nesse sentido, na semana passada, em encontro com os governadores da Amazônia Legal, Prates defendeu o nefasto projeto de exploração na maior floresta tropical do mundo.
Para Prates, a Margem Equatorial tem potencial para se tornar “a primeira região do mundo a desenvolver uma reserva de petróleo com muita responsabilidade, muitas contrapartidas socioambientais.”
“A atividade [exploração] é fundamental para manter a produção de petróleo brasileira após o esgotamento do pré-sal. Vamos intensificar os estudos [sobre a região] e atualizar dados”, disse o presidente ecocida da estatal.
Contra exploração de petróleo na Amazônia
“Em um momento de emergência climática, seguir defendendo a exploração petrolífera, a produção e a queima de combustíveis fósseis é um disparate. Ainda mais no bioma amazônico, uma região tão sensível. Na minha opinião o presidente da Petrobras se assemelha muito ao ex-ministro do Meio Ambiente do governo Bolsonaro Ricardo Salles. Ambos são ecocidas, entusiastas de projetos que causam danos graves ao meio ambiente, aos povos indígenas. E tudo com essa conversa mole de que vão criar mais empregos e desenvolvimento”, diz a ambientalista Mônica Martins.
Já para o eco-anarquista J. B., “a posição de Prates demonstra a farsa do desenvolvimento sustentável e da “transição energética justa”. Imagine comemorar a poluição, a destruição de ecossistemas e a possibilidade de derramamentos em nome de um produto que só piora o aquecimento global? A exploração de petróleo precisa diminuir, não ser compensada por “desenvolvimento da região”. Isso é vender o futuro. Pessoas realmente preocupadas com o meio ambiente defendem o decrescimento e não o desenvolvimento sustentável”.
“É o capitalismo destruidor de sempre dando as cartas. Sabemos que esse projeto desenvolvimentista apoiado por Lula está na contramão de qualquer solução básica de questões ambientais. O que resta de natureza deve ser preservado. Mais do que parar o desenvolvimento capitalista, é necessário que as áreas degradadas sejam recuperadas. O único projeto aceitável da Petrobras, seria assumir que já passou da hora de decretar o fim da sua existência. Por outro lado, é um tanto desanimador não ver grandes movimentações, pessoas nas ruas gritando contra dito projeto monstruoso”, analisa a eco-anarquista Sabrina Vargas.
* Na foto em destaque, Lula e o presidente da Petrobras
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Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!