A ideologia do crescimento econômico contínuo dita tudo. Grandes proprietários de terras, donos de fábricas e investidores – como parte da classe dominante – garantem que seu próprio poder e riqueza sejam protegidos às custas das pessoas da classe trabalhadora e da natureza. Alguns exemplos: Luta contra a mineração nas colinas de Sperrins, lutas trabalhistas em fábricas de vestuário em todo o mundo e pessoas que lutam contra os impactos das mudanças climáticas, especialmente no sul global.
Ao mesmo tempo, o chamado capitalismo verde continua sendo capitalismo. Trabalhadores rurais, pequenos agricultores e pescadores (camponeses) no nordeste do Brasil estão sendo expropriados de suas terras e do acesso ao mar por projetos de energia renovável, especialmente parques eólicos offshore. Tudo isso sob o verniz de uma transição energética sustentável que reproduz a lógica colonizadora de mais de 500 anos.
As migalhas que eles nos jogam quando estão contra a parede devido à reação organizada são dadas para nos silenciar e nos distrair do verdadeiro inimigo: o capitalismo, um sistema econômico que produz guerra em escala regular. Atualmente, podemos observar um enorme aumento nos conflitos militarizados em todo o mundo. Os governos de todos os lugares estão aumentando os gastos militares às custas da seguridade social, ou seja, da classe trabalhadora. As guerras declaradas pelos estados-nação são um ataque à classe trabalhadora.
Afinal de contas, são as pessoas da classe trabalhadora que são traumatizadas e mortas nos campos por interesses geoestratégicos, imperialistas e capitalistas, principalmente em Gaza, onde uma frente unida de sindicatos está conclamando os trabalhadores de todo o mundo a não participarem da fabricação de armas para as Forças de Ocupação de Israel.
De fato, condenamos qualquer produção ou transporte de armas que sirvam para exterminar pessoas a serviço de interesses capitalistas, como em Mianmar. Os orçamentos da polícia também estão sendo ampliados para levar a guerra aos trabalhadores, sem-teto e sem-terra, enquanto a terra e a moradia são mercantilizadas e roubadas. Para nós, não existe outra guerra senão a guerra de classes!
O Primeiro de Maio é uma oportunidade maravilhosa de conectar nossas ações em todo o mundo e praticar a solidariedade. Deveria ser um feriado pago em todo o mundo!
Estamos convencidos de que o que é necessário agora é a criação de uma resistência organizada no local de trabalho e na comunidade e um aumento da solidariedade local e global para atingirmos efetivamente nossos objetivos, tanto a curto quanto a longo prazo.
Uma luta globalmente unida por uma semana de trabalho de 30 horas com salário integral para todos pode ser uma etapa crucial na transformação econômica e social revolucionária.
Agora é o momento de construir ativamente a resistência de base em nossos sindicatos, no local de trabalho, em nossas comunidades, nos piquetes e nas ruas, e nas linhas de frente onde os trabalhadores estão se mobilizando.
Em todo o mundo, nós, revolucionários, sindicalistas e trabalhadores, devemos organizar a luta dentro dos respectivos sindicatos em solidariedade, usando táticas comprovadas como as de apoio mútuo, ação direta e auto-organização.
Convocamos a solidariedade global da classe trabalhadora e os trabalhadores que estão trabalhando no Primeiro de Maio a entrarem em greve!
Atualmente, os trabalhadores de uma fábrica de equipamentos esportivos na região de Yangon (Myanmar), chamada Very Impressive Prospect (VIP), estão lutando contra a repressão sindical e condições de trabalho miseráveis. Eles produzem para marcas como Wilson Sporting Goods (EUA), Bianchi (Itália) e BH Bikes (Espanha). Vamos usar o Primeiro de Maio para também pressionar essas marcas a resolver o conflito no interesse dos trabalhadores.
#globalmayday2024 #1world1struggle
globalmayday.net
agência de notícias anarquistas-ana
Quando me canso da paisagem
Do leste, viro a cadeira
Para oeste.
Paulo Franchetti
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!