Nos Estados Unidos, entre 1914 e 1920, foi desencadeada a maior ofensiva revolucionária armada do século XX contra as instituições governamentais, judiciais, industriais e financeiras do país capitalista mais importante do planeta. Essas ações diretas não foram obra das facções militantes de um partido político ou de um movimento de massa mais ou menos radical, mas de um punhado de anarquistas que haviam emigrado da Itália no início do século. Foi desse contexto que surgiram Nicola Sacco e Bartolomeo Vanzetti, tristemente famosos por sua execução na cadeira elétrica em 1927.
O mau exemplo para a posteridade é por que as ações diretas desses imigrantes subversivos caíram nas mãos daqueles que têm todo interesse em pacificá-las, escondê-las e difamá-las. Mas contra todo realismo político, esses anarquistas, apesar de seu número limitado, atacaram toda autoridade. Contra todas as probabilidades, eles se recusaram a se resignar aos seus recursos limitados e lutaram obstinadamente para superá-los. Contra todo idealismo ilusório, eles não hesitaram em recorrer à violência. Contra todas as concessões estratégicas, eles nunca desistiram de seus sonhos. Contra todos os clichês, nunca colocaram a liberdade individual contra a necessidade de associação. Aqui foi forjada uma ética genuína de vida a partir do amor pela liberdade e do ódio ao poder, desafiando qualquer ideologia política. Foi aqui que a faísca foi acesa entre sonhos e realidade, amor e revolta, beijos e dinamite, rosas e barricadas, que caracterizaram a “boa guerra” desses anarquistas italianos.
Uma história que não conhece autoridade nem obediência.
Edições Roofdruk/Compass, janeiro de 2024, 336 páginas // 12 euros
O livro está disponível em: rupture.noblogs.org
Tradução > fernanda k.
agência de notícias anarquistas-ana
No bosque encantado
Um filhote de coruja
Passeia tranquilo.
Camille Cristina Ostoulk
Vantiê, eu também estudo pedagogia e sei que você tem razão. E, novamente, eu acho que é porque o capitalismo…
Mais uma ressalva: Sou pedagogo e professor atuante e há décadas vivencio cotidianamente a realidade do sistema educacional hierárquico no…
Vantiê, concordo totalmente. Por outro lado, o capitalismo nunca gera riqueza para a maioria das pessoas, o máximo que ele…
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