Hoje, 30 de abril, queremos resgatar da história anarquista esta data marcada como o Dia Internacional da Sabotagem.
Este dia, véspera do 1º de Maio, parece ter origem na década de 80 do século passado. Especificamente, começou em 1982 na Holanda: após a abdicação do trono da rainha Juliana e em consequência da indignação com o que era considerado um desperdício de dinheiro público, houve um apelo popular à sabotagem, que se materializou em ataques às instituições bancárias e a outros interesses capitalistas.
No ano seguinte as ações de sabotagem repetiram-se, mas desta vez espalharam-se por mais cidades europeias, tornando-se uma iniciativa internacional. Destaca-se a cidade de Londres, onde esteve ligada às mobilizações “Stop the City” da época, descritas como “O Carnaval contra a guerra, a opressão e a destruição”. Na Espanha, a introdução deste dia deve ser reconhecida pelos grupos autônomos de Euskal Herria [País Basco] que chegaram ao ponto de organizar caravanas de carros em apoio às mobilizações em outras partes da Europa.
Reivindicado principalmente pelo anarquismo internacionalista e apoiado por outros grupos autônomos, grupos de afinidade e até alguns grupos marxistas revolucionários, o Dia Internacional da Sabotagem é uma data que ganhou visibilidade à medida que o 1º de Maio foi deturpado e pacificado. Se organizar em torno de um dia para praticar e difundir a sabotagem e dificultar o funcionamento da máquina capitalista foi uma tática para aquecer os ânimos e tornar visível o conflito social, que teve os seus ecos até ao século XXI.
Num contexto de crescente crise econômica e de organização incipiente das classes populares, talvez precisemos recuperar a memória deste dia e, sobretudo, a sua essência de ação direta ofensiva e contra o Capitalismo!
Fonte: https://heuranegra.net/dia-internacional-del-sabotatge/
agência de notícias anarquistas-ana
as pálpebras do gato
ao ritmo das gotas
do candelabro
Valentin Busuioc
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!