Agora mais que nunca Anarcossindicalismo
Trabalhador, Trabalhadora, governe quem governe, com umas leis ou outras, cada dia temos que nos levantar em busca de um salário, este fato cotidiano e coletivo é o que mantêm todo o sistema no qual vivemos, não são governos, nem chefes, nem exércitos… que fazem funcionar o mundo, somos nós a classe obreira daqui e dali.E, no entanto, este sistema trata a classe trabalhadora com ou sem emprego, como meros números…
Para o capitalismo somos números, para os Estados somos peças.
- Somos números porque nos despedem segundo lhes convenha sem importar o trabalho realizado.
- Somos peças porque nos movem com promessas segundo seus equilíbrios políticos.
- Somos números porque calculam como e quanto podem nos explorar.
- Somos peças porque nos encaixam nas leis que regulam a exploração.
- Somos números porque podemos perder salários, horas, questões pessoais, licenças, férias…
- Somos peças porque para defender-nos das perdas, nos dizem que temos que pedir a burocratas judiciais.
- Somos números porque se nos queixamos, nos apagam da empresa.
- Somos peças porque sabem que nos comportaremos como indivíduos ante fatos que devem se abordar coletivamente.
- Somos números porque quando a produtividade nos mata ou nos fere a patronal conta o lucro, enquanto que na casa do obreiro/a só fica a dor. Somos peças porque de tanto usar-nos acabamos quebrados…721 trabalhadores morto/as, 3.759 ferido/as graves, 624.911 acidentes com baixa em 2023.
- Somos números porque as ETT tiram porcentagens de lucro de nossa necessidade de trabalhar.
- Somos peças porque nos fazem aceitar como normal a gestão do trabalho alheio quando é um novo roubo.
- Somos números porque nos empurram a endividar-nos ante a falta de um salário suficiente para viver.
- Somos peças porque sempre buscaram que mantenhamos o consumo pagando créditos…
O capitalismo nos quer e necessita como simples números, calados e individuais, para que sigam ganhando os mesmos, patronal, bancos, bolsa…, enquanto perdemos as e os trabalhadores, as classes populares e inclusive o meio ambiente onde vivemos e viverão nossos filhos.
O Estado nos quer e necessita como peças, substituíveis, móveis e idênticas, para que nada mude, para que sigamos sem poder decidir o que importa, para que sigamos conformando-nos cada vez com menos, até que o normal seja trabalhar até os 80 anos, que tenhas que pagar se queres te curar ao adoecer, viver em barracões, ou que a educação seja um privilégio… cada vez mais gente está vivendo isto.
NÃO SOMOS NÚMEROS, NÃO SOMOS PEÇAS!
Gritamos forte e claro desde a CNT-AIT, hoje e sempre.
Denunciando os que ajudam a converter-nos em números e peças, a classe obreira não pode abandonar-se à burocracia sindical, os sindicatos autoproclamados representativos só buscam impulsionar o obreiro em cada centro de trabalho, em cada empresa, em cada setor, para manter suas estruturas e a paz social que lhes reclama o governo, em troca de subvenções ou outros itens econômicos, só há que olhar os manejos de muitos comitês de empresa ou o desinteresse que mostram por setores precários ou empresas com poucos trabalhadores onde nunca haverá liberados, “tudo atado e bem atado”.
Apelamos à classe Trabalhadora a dizer, BASTA. Começar a organizar-se sem intermediários e apoiando-nos uns aos outros.Lutando no dia a dia do trabalho contra o abuso, a precariedade e a exploração, JUNTAS. JUNTOS desafiando o obscuro porvir que o capitalismo nos tem preparado, até conseguir ver a emancipação no horizonte, esse futuro digno, justo e livre onde a vida não seja obediência e incerteza.
Começa a dizer BASTA, une-te à CNT-AIT
Fonte: https://blog.cntgijon.org/1o-de-mayo-dia-de-la-clase-trabajadora/
Tradução > Sol de Abril
agência de notícias anarquistas-ana
meio dia
dormem ao sol
menino e melancias
Alice Ruiz
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!