Desde a Confederação Geral do Trabalho (CGT), avaliamos de forma muito positiva o que aconteceu ontem em muitas cidades da Espanha, onde o sindicalismo e as lutas sociais se fizeram ouvir com força. Denunciamos a repressão violenta contra a manifestação em Castelló.
Ontem, em muitas cidades e vilas da Espanha, a CGT levantou sua voz com uma exigência clara: “Recupere sua vida. Pela redução da jornada de trabalho sem perda de salário”. Um apelo pela qualidade de vida que merecemos como classe trabalhadora, uma redução da jornada de trabalho que nos permita recuperar nosso tempo. No apelo, falamos, entre outras coisas, sobre melhorar a saúde física e mental da classe trabalhadora, reduzindo o estresse relacionado ao trabalho e os acidentes de trabalho. Além disso, uma medida para acabar com a diferença salarial, para nos aproximar da igualdade real das condições de trabalho para todos os trabalhadores e para igualar as oportunidades de desfrutar de melhores condições de trabalho. Felizmente, nossa mensagem de ontem chegou a muitas pessoas, em muitos lugares e em muitos idiomas. A luta pelo tempo de trabalho está na agenda dos movimentos que lutam pela transformação social.
Nesse contexto de reivindicações, queremos destacar a grande participação que nossas convocatórias tiveram, em alguns casos com uma presença impressionante de companheiros cegetistas. Em Valência, Barcelona, Sevilha, Valladolid, Zaragoza, Corunha e Madri, para citar apenas alguns exemplos, as bandeiras da CGT foram agitadas por milhares de pessoas que encontraram seu espaço de militância no sindicalismo combativo que representamos. Além disso, essa presença foi acompanhada, em muitos casos, pela companhia de outras organizações anarcossindicalistas e movimentos sociais em um abraço compartilhado que é uma ótima notícia para todos. Esse caminho de unidade de ação que percorremos gera uma excelente atmosfera quando nos vemos nas ruas.
Para Miguel Fadrique, Secretário Geral da CGT: “As mobilizações nas quais a CGT participou em toda a Espanha tiveram um forte apoio, o que demonstra que o sindicalismo classista e militante é uma aposta cada vez mais forte entre a classe trabalhadora”. E acrescenta: “Este ano, nossa principal reivindicação foi a redução da jornada de trabalho, mantendo o mesmo salário, uma proposta que a CGT vem apresentando há anos e que está muito longe da proposta morna do governo, que pretende subsidiar as empresas para que a realizem. A CGT tem certeza de que somente a unidade da classe trabalhadora e uma forte mobilização alcançarão esse objetivo.
O Secretariado Permanente da CGT, além de parabenizar todos os militantes que participaram ontem de todas as manifestações, quer denunciar o que aconteceu ontem em Castelló, cidade onde recentemente houve um ataque de grupos nazistas contra uma festa popular e antifascista e onde ontem foi diretamente a polícia que tentou interromper a manifestação do 1° de Maio. O que aconteceu nos parece extremamente grave, produto, aliás, de uma Lei da Mordaça que o “governo progressista” mantém e que concede impunidade às forças policiais que aplicam com base em abusos e violência. Uma ação que, como denunciou a CGT Castelló em um comunicado, foi “premeditada” e claramente “uma provocação”. Que aqueles que querem tencionar e atacar nossos protestos saibam que não seremos derrotados. Não estamos aqui para desfilar faixas e lançar cantos de sirene, não estamos aqui para sermos intimidados por mordaças e cassetetes, não estamos aqui para tirar fotos com ministros, como outros sindicatos fizeram ontem, nem para nos envolvermos com nossas próprias vantagens. Estamos aqui para crescer como organização, ganhar tempo para viver, acabar com a injustiça e lutar pela libertação da classe trabalhadora. Com uma visão coletiva, com uma leitura libertária, com uma prática feminista e um senso internacionalista.
Estamos felizes que ontem tenha sido um dia de sucesso, organizado com movimentos coletivos e sindicatos com os quais estamos na mesma sinergia de luta. Ontem foi um alegre 1° de Maio, mas, acima de tudo, um dia de protesto. No qual não podemos esquecer o que está acontecendo em muitos locais de trabalho e empregos, desde a luta dos companheiros do SAD em Sevilha, até o que está acontecendo nas Carrocerias da Renault, a luta pelo emprego permanente dos trabalhadores temporários, as reivindicações dos trabalhadores da hotelaria e do comércio, a luta por uma educação pública de qualidade ou a exigência de uma aplicação imediata dos coeficientes para reduzir a idade de aposentadoria em profissões com riscos para a saúde. Tudo isso e muito mais estava nas ruas da Espanha ontem. Também nossa indignação pelo genocídio consentido contra o povo palestino, que não deixaremos de denunciar.
Viva a luta da classe trabalhadora!
Basta de repressão contra o sindicalismo combativo!
Viva o 1° de Maio!
TRABALHAR MENOS PARA TRABALHAR TODAS!
Secretariado Permanente da CGT, 2 de maio de 2024
cgt.org.es
agência de notícias anarquistas-ana
Sobre verde imenso
um ponto saltitante
pássaro cantante
Winston
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!