Sob o lema CONTRA O GENOCÍDIO DO POVO PALESTNO, A MILITARIZAÇÃO E A GUERRA, cerca de 1.000 pessoas participaram da manifestação de 1º de maio, convocada em A Corunha pelos sindicatos CGT, CNT, CUT e Sindicato da Elevación, que saiu às 12h30 da Praça Pontevedra. Durante o percurso, foram entoados gritos reivindicativos alusivos à data e à convocação. A manifestação terminou às 13h00 no Campo da Leña, onde foi lido o seguinte manifesto:
Companheiras e companheiros:
Apesar das mensagens triunfalistas do atual governo, a situação da classe trabalhadora continua a se agravar.
A reforma trabalhista, aprovada na legislatura anterior, mal recuperou alguns dos direitos retirados nas reformas trabalhistas anteriores, em um trabalho que, ao contrário, consolidou a maioria dos direitos subtraídos, entre os quais o barateamento da demissão, tanto em dias como a manutenção da eliminação do salário em tramitação. Para comprovar isso, basta ver quem aplaudiu a reforma: sindicatos do regime, empregadores, bancos, organizações liberais internacionais e outras desgraças do mesmo gênero.
Os números oficiais podem falar em aumento do emprego ou diminuição do emprego temporário, mas o fato é que a precariedade aumentou, as demissões são as mesmas e o poder de compra despencou para a maioria da população.
A pesar do aumento do Salário Mínimo Interprofissional, a realidade que vemos todos os dias é que são cada vez mais as famílias com sérias dificuldades para chegar ao fim do mês ou as pessoas que tendo um trabalho não alcançam a cobrir o custo dos alugueis, em um contexto onde todas comprovamos de que modo subiram os preços do mais básico, da comida ou dos combustíveis.
Nem a reavaliação das pensões de acordo com o IPC, nem os aumentos acordados em acordos coletivos (para aqueles que os têm) aliviaram a perda de renda da classe trabalhadora.
Em um cenário em que as crises estão ocorrendo cada vez mais rapidamente e atingindo cada vez mais duramente, a transferência de riqueza dos mais pobres para os mais ricos está se intensificando. A classe social capitalista não para de aumentar sua renda e riqueza. Eles multiplicam obscenamente seus lucros enquanto o restante da população fica mais pobre.
Hoje, na comemoração do crime ocorrido em 1886 em Chicago, devemos nos lembrar com solidariedade daqueles e daquelas trabalhadoras e trabalhadores que estão sofrendo repressão e perseguição por confrontar esse regime injusto. Em Ferrol, Cádiz, Xixón ou Granada, lembramos que “o governo mais progressista da história”, apesar de suas promessas, mantém em vigor a Lei da Mordaça, que qualifica como crimes as opiniões contrárias ao regime e permite a impunidade dos órgãos repressivos, em consonância com a tendência autoritária dos governos em todo o mundo.
Se olharmos ao nosso redor, as coisas não estão indo muito melhor. O capitalismo fomenta guerras descaradamente em nosso mundo exausto com o único objetivo de tirar o máximo proveito dele, mesmo que isso cause a morte de milhares de pessoas. É essencial denunciar o genocídio do povo palestino pelo Estado assassino de Israel, apoiado por potências às quais a humanidade é alheia. Pedimos ao governo espanhol que pare de falar da boca para fora e tome medidas efetivas contra o Estado sionista, inclusive deixando de lhe vender armas.
Não nos esqueçamos da invasão russa à Ucrânia há mais de dois anos, em uma guerra que ainda destrói vidas, enquanto as potências ocidentais difundem a necessidade de rearmamento entre a população, espalhando o medo para aumentar os gastos bélicos e a militarização das fronteiras sem oposição, e até mesmo deixando de lado a necessidade do serviço militar obrigatório, em uma intolerável promoção do militarismo.
O modelo capitalista tem nos levado a perpetuar uma injusta distribuição de riquezas, tornando os ricos cada vez mais ricos, em detrimento da maioria da população, de seus direitos e até mesmo da saúde do planeta.
Só podemos nos unir para enfrentar a depredação selvagem desses poucos. Nossa organização como classe é a única alternativa segura diante do desastre previsto. Está em nossas mãos construir um novo mundo, sem explorados ou exploradores, sem guerras ou pobreza, respeitando nosso ambiente natural, preservando o futuro das gerações que nos seguirão.
O altruísmo contra o egoísmo, a solidariedade e a generosidade contra a ambição desmedida, a vida contra a morte, o apoio mútuo em oposição à competição estúpida entre iguais. É hora de nos mexermos, de dizer basta. É hora de lutar.
VIVA A LUTA DA CLASSE OBREIRA!
CONTRA O GENOCÍDIO DO POVO PALESTINO, O MILITARISMO E A GUERRA!
VIVA O PRIMEIRO DE MAIO!
Comitê Local da Coruña da CGT
cgtgalicia.org
agência de notícias anarquistas-ana
Frases compostas
no sol que passeia
sob minha caneta.
Jocelyne Villeneuve
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!