[Espanha] Crônica do ato de 1º de Maio celebrado em Puerto Real

No dia de ontem a Confederação Nacional do Trabalho de Puerto Real aderida à Associação Internacional de Trabalhadores, organizou uma conferência por causa do 1º de Maio em uma praça pública próxima a sua sede às sete da tarde; também se instalaram seis painéis com cartazes antigos alusivos ao primeiro de maio que foi muito visto e comentado pelo publico ali presente. Ao ato participaram mais de uma centena de pessoas que escutaram com atenção as intervenções do historiador José Luis Gutiérrez Molina e a do companheiro Pepe Gómez.

Em primeiro lugar, interveio José Luis dissertando sobre a origem do primeiro de maio, para em seguida, centrar seu discurso na análise da “Greve da Canadiense” realizada como um movimento reivindicativo que incluiu greves, boicotes e insubmissão civil, iniciada na empresa elétrica Riegos y Fuerza del Ebro, que começou em 5 de fevereiro de 1919 em Barcelona, dirigida pela CNT, como consequência da demissão de trabalhadores. Dita greve durou quarenta e quatro dias, paralisando a cidade, e setenta por cento de toda a indústria catalã. Constituiu um grande êxito do movimento obreiro espanhol e da CNT em particular, pois se conseguiram melhoras salariais, a readmissão de obreiros despedidos, a liberação de milhares de detidos durante o tempo que durou as paralisações e a implantação por lei, da jornada laboral de oito horas graças ao fortalecimento dos Sindicatos Únicos levado a cabo pela CNT.

Em seguida, interveio o companheiro Pepe Gómez da CNT-AIT local, analisando a situação atual de Puerto Real, como um povoado sem rumo, à deriva, dando razões dos diversos problemas que desde há muito tempo vem padecendo nosso povoado, como a transferência e fechamento de empresas, a falta de trabalho e de formação profissional para os jovens, além de denunciar as instituições locais por sua passividade e falta de iniciativas para solucionar os problemas que diariamente acontecem no povoado. Sem esquecer o trabalho que já realizamos, cumpridos 28 anos, por manter a memória de todos aqueles puertorrealeños que foram assassinados e os que sofreram ameaças, tortura e longas condenações de cárcere.

As duas intervenções foram gratamente recebidas pelo público participante.

CNT–AIT Puerto Real – Biblioteca “José Luis García Rúa”

Puerto Real, 2 de Maio de 2024.

Fonte: https://pacosalud.blogspot.com/2024/05/cronica-del-acto-del-1-mayo-celebrado.html

Tradução > Sol de Abril

agência de notícias anarquistas-ana

dia muito frio
o vento desalinha
a plumagem do passarinho

João Angelo Salvadori