Em 18 de agosto de 2022, cansados dos incessantes cortes de energia – que às vezes duravam até 18 horas por dia – e da escassez de alimentos, os moradores de Nuevitas, na província cubana de Camagüey, manifestaram-se nas ruas da cidade, gritando “O povo está cansado!”. Isso foi rapidamente seguido por “Liberdade!” e “Pátria e Vida” (“Patria y Vida!”), o slogan que se tornou comum a todos os protestos de rua, em oposição ao slogan oficial do regime, “Pátria ou Morte!”.
Vários manifestantes foram presos naquele mesmo dia e, no dia seguinte, a cidade de Nuevitas foi totalmente militarizada, impedindo a continuidade das manifestações.
As pessoas presas foram levadas ao tribunal provincial de Camagüey, e as sentenças acabam de ser proferidas, confirmando que o regime castrista só conhece uma resposta ao descontentamento do povo cubano: a mais dura repressão, como a que atingiu as muitas pessoas condenadas após as manifestações de grande escala em toda a ilha em julho de 2021.
A sentença mais pesada foi aplicada a Mayelín Rodríguez Prado, uma jovem de 21 anos na época dos eventos, acusada pelo tribunal de informar o público sobre a manifestação na rede social Facebook. Como resultado, ela foi condenada a 15 anos de prisão por “propaganda inimiga contínua” e “sedição”. José Armando Torrente Muñoz foi condenado a 14 anos de prisão por “sedição” e “resistência”.
Jimmy Jhonson Agosto e Ediolvis Marin Mora foram condenados a 13 anos de prisão por “sedição” e “sabotagem”. Lisdan Cabrera Batista, 11 anos de prisão por “sedição” e “outros atos contra a segurança do Estado”. Davier Leyva Vélez, Keiler Velázquez Medina, Menkel de Jesús Menéndez Vargas, Frank Alberto Carreón Suárez e Lázaro Alejandro Pérez Agosto foram condenados a 10 anos de prisão por “sedição”, delito por excelência mantido pelo regime cubano, que o utilizou amplamente contra os manifestantes em 11 de julho de 2021. Por fim, Yennis Artola del Sol terá de passar os próximos oito anos de sua vida na prisão por “propaganda inimiga contínua”, e Wilker Álvarez Ramírez, quatro anos.
Fonte: https://florealanar.wordpress.com/2024/05/01/nouvelle-vague-de-repression-feroce/
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agência de notícias anarquistas-ana
rua em que nasci
as crianças riem
o riso do velho
Ricardo Portugal
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!