
A justiça grega concedeu hoje (02/05) liberdade condicional ao líder do partido neonazista Aurora Dourada, preso pelo assassinato de um `rapper` antifascista há dez anos, Pavlos Fyssas.
Nikos Michaloliakos foi condenado em 2020 a 13,5 anos de prisão como líder de uma organização criminosa que durante anos teve como alvo imigrantes e opositores políticos.
Entre os crimes atribuídos a este grupo neonazista contam-se os assassinatos, em 2013, de um `rapper` antifascista e de um migrante paquistanês, bem como espancamentos graves de pescadores egípcios e de sindicalistas comunistas.
Os magistrados da cidade de Lamia, centro da Grécia, proibiram o matemático de 66 anos e negacionista do Holocausto de sair da área metropolitana de Atenas e obrigaram-no a apresentar-se na delegacia de polícia uma vez por mês.
Os magistrados declararam ainda que não está autorizado a entrar em contato com outras pessoas condenadas no âmbito do processo.
A agência noticiosa estatal ANA indicou que Nikos Michaloliakos já estava fora da prisão desde 2022, pois fora transferido para um centro de reabilitação a oeste de Atenas após uma grave crise de covid-19.
Antigo cadete oficial e leal ao ditador grego Georgios Papadopoulos, Michaloliakos já tinha passado algum tempo na prisão no final da década de 1970, por causa de uma série de ataques explosivos com bombas.
A partir da prisão, escreveu regularmente artigos para o portal do Aurora Dourada, descrevendo a sua condenação como “perseguição política” e rejeitando as provas contra ele como infundadas.
O Aurora Dourada, uma organização xenófoba e antissemita fundada por Michaloliakos, foi durante décadas um partido marginal até à crise da dívida do país, em 2010.
O partido capitalizou então a raiva pública contra a imigração e as políticas de austeridade para entrar no parlamento pela primeira vez em 2012, com um total de 18 lugares.
No auge da sua influência, foi o terceiro maior partido do país no Parlamento.
Apesar da sua queda, o Aurora Dourada continua a atrair dezenas de milhares de eleitores gregos.
O antigo porta-voz do partido, Ilias Kasidiaris, que também está a cumprir uma pena de 13,5 anos de prisão, apoiou um partido até então desconhecido, o Spartans, nas eleições nacionais do ano passado.
O partido recebeu mais de 240.000 votos e conquistou 12 lugares no parlamento. O líder do Spartans agradeceu publicamente a Kasidiaris por ter “ajudado” a ascensão do partido.
Fonte: agências de notícias
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Rogério Martins
Perfeito....
Anônimo, não só isso. Acredito que serve também para aqueles que usam os movimentos sociais no ES para capturar almas…
Esse texto é uma paulada nos ongueiros de plantão!
não...
Força aos compas da UAF! Com certeza vou apoiar. e convido aos demais compa tbm a fortalecer!