O Irã confirmou a morte do presidente Ibrahim Reisi e de sua comitiva. Comentando o “acidente”, a Federação de Anarquistas do Irã e Afeganistão afirmou que Reisi foi o responsável pelo assassinato de milhares de prisioneiros políticos e pela repressão no país.
“A carreira de Ebrahim Raisi é pavimentada com cadáveres. Ele era promotor aos 20 anos, após 1 ano no Ministério Público. Procurador em Karaj e Hamedan, procurador-adjunto de Teerã e, depois, procurador na primeira década após a revolução, na qual eliminar dissidentes, aos milhares, e espalhar o terror entre os iranianos era a prioridade do regime. Ele agiu como esperado e o seu sucesso foi rápido”, disse Roya Boroumand, cofundadora do Centro Abdorrahman Boroumand, uma fundação pelos direitos humanos no Irã.
Boroumand seguiu comentando: “Quando era procurador-geral (agosto de 2014 a março de 2016), pelo menos 1.395 foram executados. Sob sua supervisão como primeiro deputado do chefe de Justiça que aprovou sentenças de morte para supostos infratores da legislação antidrogas (2004-2014), o número de infratores da legislação antidrogas executados passou de 34 (18%) para 732 (89%)”.
A cofundadora da fundação humanitária diz que o ponto alto da carreira de Raisi antes de se tornar presidente foi “seu papel na inquisição a sangue frio que levou ao enforcamento secreto de pelo menos 4.000 presos políticos em menos de 3 meses em 1988”. “Raisi foi um dos juízes de um painel itinerante de quatro homens ou, como os sobreviventes o chamam, o Comitê da Morte”, descreve Boroumand.
Ela finaliza dizendo como o falecido presidente iraniano justificou sua atuação naquele caso:
“A justificativa de Raisi: ‘Somos santos; o nosso sistema judiciário é santo e o nosso regime é santo… Há ameaças por aí que querem aniquilar esta santidade… O procurador desempenha um papel importante na identificação [das ameaças] e na garantia de que as medidas são tomadas em tempo útil”.
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A lua passa pelos pinheiros
e o olhar de súbito detêm
uma outra imóvel lua.
Hokushi
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!
Um puta exemplo! E que se foda o Estado espanhol e do mundo todo!