Entidades de bairro, ambientalistas, sindicatos e cidadãos saem às ruas para deixar claro o seu repúdio ao projeto
“Não, não, não à expansão!”, ou “não, não, não, não queremos mais porto”, foram algumas das frases gritadas na tarde de sexta-feira (31/05) na grande manifestação contra a expansão do Porto de Valência que começou às 18h30 no Paseo da Alameda de Valência, na altura da Puente de las Flores.
Milhares de pessoas participaram da mobilização convocada pela Comissió Ciutat-Port, plataforma de bairro e ambientalista contrária ao projeto, em clima festivo de protesto com faixas com slogans como “direito de respirar ar puro”, “direito à saúde” ou “menos porto, mais Albufera [parque natural]”.
O porta-voz da Comissió Ciutat-Port, Francesc Herrera, ficou muito satisfeito com o grande afluxo de manifestantes no terceiro protesto convocado pelo grupo: “Estamos muito felizes, estamos atravessando a Ponte de Exposições e a ainda tem gente na praça Zaragoza. A administração deve tomar nota e reconsiderar seu projeto. Devem interromper o processo de licitação pelo menos até que Puertos del Estado se pronuncie como órgão substantivo nos relatórios ambientais, o que ainda não fez. Portanto estamos num processo que não possui os documentos necessários para avançar. Solicitamos a retirada total do projeto, a eliminação do dique norte e a reversão da zona de atividades logísticas (ZAL).”
O presidente do conselho de trabalhadores do terminal público de contentores CPS, Julián Pérez, também participou no protesto, e afirmou: “esta expansão é desnecessária, injustificada e destruirá empregos”. Pérez garantiu que os estudos econômicos e laborais do PAV “não são verdadeiros, haverá destruição de empregos e queremos que façam um estudo real sobre o impacto do novo terminal no emprego”.
Néstor Banderas, 33 anos, e Lara Sanmiguel, 29 anos, são valencianos e participaram na manifestação a título individual, ou seja, não pertencem a nenhum grupo. Segundo Banderas, “parece que a expansão não está respaldada pelos necessários relatórios de avaliação ambiental, é um modelo econômico predatório e este objetivo de crescimento até o infinito não é a linha a seguir como sociedade”. Por sua vez, Sanmiguel afirma que “o nível de tráfego no Porto de Valência foi inferior ao do ano anterior, o que torna uma expansão desnecessária e, portanto, crescer por crescer não faz qualquer sentido econômico ou de sustentabilidade. Queremos viver em uma cidade portuária com poluição, trânsito, desemprego, sem pomar, sem Albufera?”
agência de notícias anarquistas-ana
Na velha roseira,
entre as folhas e os espinhos,
uma aranha tece.
Humberto del Maestro
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!