A história de Miguel Ángel Peralta é uma história de dignidade, que na CGT conhecemos quase desde seu começo, e continuamos usando como exemplo a seguir em cada uma de nossas lutas contra o capital e as injustiças sociais
Que cada homem e mulher que amem a liberdade e o ideal anarquista, o propague com empenho, com persistência, sem fazer caso das zombarias, sem medir o perigo, sem medir as consequências; e mãos à obra camaradas e o porvir será para nosso ideal libertário.” – Ricardo Flores Magón
Miguel é originário da comunidade de ‘Eloxochitlán de Flores Magón’, em Oaxaca (México). Sua vida transcorria tranquila em um entorno natural que os mais velhos tinham lhe ensinado a amar e respeitar desde menino. Por isso, desde que teve uso da razão, Miguel entendeu a defesa do território, assim como a da vida e da natureza, como algo imprescindível. Seus valores e experiências vitais determinaram seu caráter, e foi capaz de arriscar várias vezes sua própria vida e sua liberdade. Passou por momentos duríssimos, onde perdeu a esperança de poder superar ou recuperar-se física e mentalmente, para continuar lutando por sua gente e para demonstrar sua inocência.
Antropólogo, Miguel Ángel define a si mesmo como “anarquista”. Faz uns anos teve que enfrentar uma brutal onda de repressão, exercida pelo Estado, que se abateu sobre várias comunidades indígenas, entre elas a sua, quando seus habitantes se opuseram a participar no jogo do sistema burguês. Montagens policiais, perseguições, acusações sem base, calúnias, etc., Miguel sempre admitiu que sofreu muito por seus pais, pelos mais idosos em geral.
Em solidariedade com Miguel Ángel Peralta Betanzos, desde a Secretaria de Relações Internacionais da CGT, queremos compartilhar com vocês este vídeo resumo sobre suas condições, e animamos a coletivos e organizações sociais a conhecer sua história de vida. Porque é certo que a luta de Miguel foi uma luta quase sem esperança, mas que está valendo a pena, e que está servindo de exemplo para muitas outras que acontecem ou acontecerão.
Desde nossa organização, desde os valores que nos caracterizam como anarcossindicalistas e internacionalistas, desejamos que o companheiro Miguel possa em breve voltar tranquilamente a sua comunidade, abraçando aos que mais queridos e exercendo o direito de viver em liberdade.
Secretaria de Relações Internacionais da CGT
>> Veja o vídeo (04:16) aqui:
https://www.youtube.com/watch?v=yeGd53zJwZs&t=2s
Tradução > Sol de Abril
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Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!